P. Ferreira-V. Guimarães, 0-0 (destaques)
Bom papel de Douglas num filme com VARiações
A FIGURA: Douglas
Com o mercado prestes a fechar Pedro Martins resolveu prescindir do cobiçado Miguel Silva e restituir a titularidade a Douglas. Boa decisão. Com o brasileiro na baliza o Vitória ganha experiência e mostra maior segurança defensiva. Douglas estreou-se em jogos oficiais nesta época com uma boa exibição: em cima do intervalo evitou que o Paços inaugurasse o marcador, com um remate Welthon cuja trajetória foi desviada pela defensiva vimaranense.
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O MOMENTO: Minuto 51’. Não culpem o VAR
Golo anulado num jogo de zero a zero. Não há como fugir a este momento do jogo. Aos 51’ Hurtado aparece ao segundo poste para fazer o golo do Vitória, assistido por Raphinha. Mas há que fazer rewind neste filme para perceber todo o enredo deste do início.
Vamos então ao «era uma vez» e tudo começa numa falta sobre Pedrinho junto à linha lateral, assinalada pelo árbitro assistente. Nuno Almeida não liga à indicação e manda seguir o contra-ataque do Vitória, que faz golo.
1-0! Festa de um lado, indignação do outro.
O lance provoca a revolta nos jogadores, no banco e até nos adeptos pacenses, que protestam veementemente na bancada.
Perante isto, Nuno Almeida recorre ao vídeo-árbitro e decide voltar atrás: anular o golo vitoriano e assinalar a tal falta inicial sobre Pedrinho, que lhe havia sido indicada desde logo pelo seu assistente. Uma confusão. A decisão final, porém, parece ser acertada.
A haver vilão neste filme não é o VAR. Não o culpem só porque é um novato nestas andanças.
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OUTROS DESTAQUES:
Miguel Vieira
Foi poupado por questões físicas e até obrigou Vasco Seabra a adaptar Bruno Santos ao lado esquerdo da defesa, mas aos 40 minutos a lesão de Marco Baixinho obrigou-o a ir a jogo e Miguel Vieira correspondeu com uma atuação em bom nível. Prova disso mesmo, num lance decisivo a cinco minutos do final salvou o golo do Vitória com um alívio quase em cima da linha de golo.
Welthon
Vasco Seabra tirou da equipa Bruno Moreira e, assim sendo, dependeu sobretudo do brasileiro a responsabilidade de levar perigo à baliza adversária. Muito desapoiado em boa parte do tempo, Welthon, com a habilidade e poder de choque habituais, ganhou espaço e quase marcou num remate potente aos 44’, travado pelo seu compatriota Douglas.
Hélder Ferreira
Com apenas 20 anos ganhou a titularidade no ataque do Vitória. Ao vê-lo jogar percebe-se que essa aposta de Pedro Martins não surge por acaso. Hélder é veloz, habilidoso e tem sentido de baliza. Mostrou isso mesmo a espaços e aos 85’ num lance em que surgiu na área, tirou um adversário do caminho e rematou fora do alcance de Mário Felgueiras – com Miguel Vieira a salvar – quase fez o golo do triunfo vitoriano.
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