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Como o leão que se supera bateu o dragão Quaresma-dependente

Sporting-FC Porto, 1-0 (crónica)

O Sporting ganhou o clássico, Jardim derrotou finalmente o FC Porto. O Leão mantém pressão sobre o Benfica e dispara para cinco pontos de diferença para o rival deste domingo. É muito provável que tenha segurado hoje a entrada direta na Liga dos Campeões. 

Slimani voltou a ser decisivo perante um FC Porto que foi o que Ricardo Quaresma conseguiu fazer. O argelino assinou o terceiro golo em três jogos a titular, já o extremo esbarrou na trave, depois de Varela ter desperdiçado o melhor momento individual da partida. Perdido em campo, o Dragão também ficaria sem Fernando, por agressão a Montero, perto do fim.

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Taticamente, o encaixe era total, geométrico. Fernando deveria ter atenção as movimentações de André Martins do centro para a direita, Defour bater os terrenos de Adrien e Carlos Eduardo impedir que William empurrasse da sua zona a equipa para a frente, como é hábito. 

A partir deste desenho, os desequilíbrios seriam feitos pela intensidade e ambição de cada jogador, e a sua capacidade de superação nos duelos individuais. Havia sim, uma ténue diferença: se de um lado era Martins quem tentava criar instabilidade no adversário, do outro os movimentos mais verticais pertenciam a Defour, embora com uma vontade de correr riscos bem menor.

Mais talento, menos intensidade?

Já o sabíamos, transparecia uma maior qualidade individual por parte dos portistas. Sobretudo em zonas potencialmente decisivas. Mas isso não é de hoje. Aos leões cabia tentar superá-la em concentração e entrega. 

Leonardo Jardim apostou em Capel e Mané para as alas, e se pouco ganhou do ponto de vista ofensivo (tirando uma fuga do segundo a Alex Sandro na primeira parte, e um amarelo conquistado a Abdoulaye na segunda) também não ganhou da sua presença nas compensações, algo a que Danilo fez questão de dizer «presente» em algumas incursões, como a que, por pouco, não deu o golo a Jackson antes do apito para o intervalo. No segundo tempo, o apagamento gradual do FC Porto e a vertigem de estar a vencer diluíram as limitações.

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O FC Porto também não era bem um modelo de virtudes. Abdoulaye, pressionado, era um filão a explorar. E Slimani tentou-o nos primeiros minutos. Mangala anda irregular, Jackson, lá na frente, continua distante da alegria dos golos em série. Aos 16 minutos, ficou claro de quem o dragão depende, uma ideia que seria reforçada um quarto de hora mais tarde. Na primeira jogada, Alex Sandro colocou longo em Quaresma, este destroçou os rins de Cédric e cruzou, de letra, para o segundo poste. Varela deu a Patrício oportunidade para brilhar. Aos 30, como se sublinhou, Cédric, queimado ainda pela jogada anterior, deu tanto espaço ao «Harry Potter» que este rematou como gosta, enrolado, à trave.

Controlados no primeiro tempo, explosivos no segundo

Os leões pouco conseguiam no ataque. Mané não tinha espaço. Martins não aparecia em zonas mais adiantadas, Adrien, com um amarelo visto aos dez minutos, também parecia estar em noite não. Slimani fazia o que podia. Muitas vezes a bola caía-lhe no pé esquerdo e daí já não dava para muito mais. Rematou aos 21, cruzado, mas parecia em quebra já perto do intervalo.

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Só que este Sporting foi mais uma vez força de vontade e da persistência. E alimentou-se de uma defesa de Helton, aos 52 minutos, após desvio de Mané, para crescer para a área do rival. No minuto seguinte, marcou. Alex Sandro foi apanhado fora de posição, Mangala encostou em André Martins a aparecer finalmente na direita, como quer um dos «processos» que Jardim defende. Estava em fora de jogo, mas o assistente deixou passar e o treinador não se importou. O filão estava lá, no meio, desde o primeiro minuto. Abdoulaye deu dois passos para dentro, Slimani apareceu-lhe nas costas. Cabeceou e fez o terceiro golo em outros tantos encontros a titular. E, no minuto seguinte, teve o 2-0 ali perto, depois de Mané ter obrigado Abdoulaye a mais uma falta em desespero. 

As apostas, a lesão de Helton e a redenção de Cédric

Quintero foi o primeiro trunfo de Luís Castro (saiu o apagado Carlos Eduardo), que só teve mais um, Ghilas (para o lugar de Varela), porque Helton pisou mal e lesionou-se (com gravidade), e obrigou à entrada de Fabiano. Carrillo, Montero e Wilson seriam as apostas de Jardim, apenas com a intenção de manter a estratégia com sangue fresco.

O encontro não terminaria sem a redenção de Cédric, que fez a Quaresma, aos 65 minutos, uma maldade tão grande quanto a que este lhe fizera. Trocou-lhe as voltas e fechou a jogada com um «cabrito» e um remate ao lado, que deixaram a plateia em êxtase. E chegaria ainda a melhor oportunidade que os dragões teriam para sair de Alvalade com pontos, num desentendimento entre Dier e Patrício, que Jackson não aproveitou (76 minutos).

O clássico terminaria partido, com William Carvalho a ter o palco ideal para voltar a atingir um rendimento excelente. O Sporting esteve perto de chegar a mais golos, e o FC Porto acabou com Mangala a tentar ser também ponta de lança. Inacreditável a atitude de Fernando, ao dar um encontro a Montero, e a ver o vermelho direto. Conseguirá Luís Castro salvar o que resta da época?

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