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Sporting  |  

Sporting-Tondela, 2-0 (crónica)

As ressacas são tramadas (e esta trouxe uma dor de cabeça)

no Estádio de Alvalade, em Lisboa

O Sporting viveu um daqueles despertares duros. Acordou devagar, devagarinho, ainda sonolento, com o corpo a pesar. Depois disso, e quando deu por ela, tinha uma dor de cabeça tremenda.

É verdade que ganhou, e por aí correu-lhe tudo bem, mas não foi uma exibição de todo bonita. Sobretudo na primeira parte. No segundo tempo, e depois de provavelmente ouvir das boas no balneário, a equipa cresceu em jogo, matou o resultado e deu brilho à exibição de Pedro Trigueira.

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No entanto, e quando nada o fazia prever, veio a tal enxaqueca. Palhinha esticou-se um pouco de mais para tentar cortar uma bola na área, ficou logo no chão, teve que ser substituído e saiu com uma expressão de dor no rosto. Pareceu que é muscular e pode muito bem ser impeditiva para o dérbi de sexta-feira, no Estádio da Luz. A esta distância, é seguro que vai ser uma dor de cabeça.

Ora dores de cabeça era tudo o que Ruben Amorim dispensava nesta altura.

Com o dérbi frente ao Benfica no horizonte e a barrigada de felicidade do triunfo sobre o Dortmund na memória, o Sporting demorou uma eternidade a dar um pouco de cor que fosse à exibição.

Entrou no jogo a marcar, num daqueles momentos de felicidade, em que Sarabia está no lugar certo para receber uma dádiva do adversário e empurrar para o fundo das redes. A partir daí, e estando na frente do marcador, a equipa foi irritantemente lenta e inconsequente.

A prova disso é que ao intervalo só tinha feito um remate enquadrado com a baliza, que foi o tal do golo, claro, e no bloco de apontamentos não havia registo de mais nenhuma ocasião de perigo.

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Até teve mais bola, é verdade que sim, mas foi sempre muito lento e denunciado. Tocava repetidamente para trás, geria o jogo sem profundidade e sem emoção. O futebol leonino era nesta altura um bocejo.

Já o Tondela, que surgiu em Alvalade limitado pela covid-19, que lhe tirou o treinador do banco e o jogador mais utilizado do onze, percebeu que o adversário estava em noite desinspirada e foi tentando a sua sorte em saídas rápidas. Por duas ou três vezes testou a atenção de Adán.

O intervalo fez bem ao Sporting, que realmente estava a precisar de se sentar e acalmar.

Ruben Amorim deve ter mandado aqueles gritos que são necessários quando queremos acordar alguém e a equipa regressou ao relvado muito diferente. Mais rápida, mais criativa, com aquela capacidade tão dela de atrair o adversário para depois explorar o espaço vazio do outro lado.

Por isso teve vinte minutos muito bons. Sarabia deu o primeiro sinal de perigo, ele que logo a seguir combinou com Nuno Santos para obrigar Trigueira a uma defesa que deixou a bola ao alcance de Pedro Gonçalves, que serviu Paulinho para o segundo golo.

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O Sporting precisava daquele golo para se motivar. Pouco depois o mesmo Sarabia voltou a rematar para defesa de Pedro Trigueira, Pedro Gonçalves e Nuno Santos, na mesma jogada, fizeram outra vez o guarda-redes brilhar e Pedro Gonçalves, mais uma vez, ameaçou o golo noutra ocasião.

Alvalade animou-se, a equipa tranquilizou-se e foi por fim o que ela consegue ser.

Curiosamente, depois de Palhinha sair em lágrimas, o Sporting deve ter percebido que na sexta-feira há mais e geriu o resultado até ao fim sem passar por grandes sustos.

Feitas as contas ganhou e ganhou bem, somou a décima primeira vitória consecutiva e voltou a ultrapassar o Benfica, preparando-se para entrar no dérbi com um ponto de avanço. Seriam tudo boas notícias não fosse aquela dor de cabeça.

Aquela terrível dor de cabeça.

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