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Entrevista a Josué: «Não sou burro, vi que não seria opção no FC Porto»

O processo de saída dos dragões, as memórias da terrível campanha de 2013/14, os dias e uma conversa com Julen Lopetegui antes da partida para Bursa

Resgatado em 2013 ao Paços Ferreira, Josué ficou apenas uma época no plantel principal do FC Porto. Apesar de ter sido muitas vezes utilizado por Paulo Fonseca e Luís Castro, o esquerdino de 24 anos não fez parte dos planos de Julen Lopetegui e rumou por empréstimo para o Bursaspor. Josué tem contrato com os dragões até junho de 2017.

Em longa entrevista ao Maisfutebol, Josué explica os motivos que o levaram a sair do FC Porto, lamenta que tenha sido impedido de treinar com o plantel de Lopetegui após o estágio de pré-época na Holanda e fala ainda sobre Paulo Fonseca, um homem que, segundo diz, não usufruiu do apoio que a atual equipa técnica tem. 

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Uma conversa desassombrada com um atleta que reaprendeu a ser feliz na Turquia. Mesmo que o clube do coração não lhe saia da cabeça.

Afirmou várias vezes que o seu sonho era jogar no FC Porto. Agora, na Turquia, isso volta a estar na cabeça e a ser um desejo? «Cumpri esse sonho. Agora voltar ao Porto… não sei o que vai acontecer. Não está muito na minha cabeça voltar, até porque sei que o Bursaspor me quer comprar. Vamos ver, depende de muita coisa. Se tiver de voltar, voltarei de coração aberto. É a minha casa, o meu clube. Mas estou muito bem aqui».

A pressão de jogar no clube do coração é diferente? É maior? «Para mim não. É igual, meto sempre pressão em mim. O ano passado dei tudo pelo clube, apesar de dizerem que eu era o culpado de muitas coisas. Estou habituado, tenho as costas largas».

Fez 35 jogos oficiais, 26 a titular, pelo FC Porto na época passada. Somou quase 2000 minutos. Com estes números, como é que se explica o ser empréstimo? «No início da época fui muito claro: se não fosse opção preferia sair. Não sou burro nem estúpido. Com as contratações que o clube fez… vi que muito dificilmente ia ser opção. Falei com o meu empresário, depois com o clube e achámos que era o melhor para todos. Não me arrependo, estou feliz, muito feliz. Como já não estava há muito tempo».

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Na época passada quando é que sentiram que a época estava a ir por um mau caminho? «A partir da saída do Paulo Fonseca. Nós tivemos cinco pontos de avanço do Benfica (agora o Porto está seis pontos atrás), mas a partir de dado momento tivemos uma quebra enorme. O apoio de toda a gente no clube também não foi o mesmo que existe agora. Foi uma época má, passei mal porque detesto perder, ainda por cima ao serviço do clube do meu coração».

«Apesar da má temporada do clube, joguei e fiz golos. Fui considerado um dos melhores médios ofensivos da Liga. Aprendi muito. Aprendi a estar calado e a crescer».

Assistiu com tristeza à saída do Paulo Fonseca? «Sim, para mim foi triste. Sabia e sei o valor dele. Ele coloca qualquer equipa a jogar bom futebol. Sei que ele não teve o apoio que o grupo atual tem. Foi triste ver o Paulo e os dois adjuntos dele (Nuno Campos e Pedro Moreira) a saírem e outras pessoas continuarem na equipa técnica».

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«As pessoas podem dizer o que quiserem do Paulo, mas ele é um homem de H grande. Tem tudo: bom treinador, bom homem, bom amigo, bom conselheiro».

Fez a pré-época com Lopetegui. O que achou dele? «Gostei do pouco que vi dele, agradou-me. Mas vi pouco porque, estranhamente, depois do estágio na Holanda não me deixaram voltar a treinar com a equipa».

O Lopetegui teve alguma conversa consigo, falou sobre as suas opções para a equipa? «Não queria muito falar sobre isso. Foi estranho. Ele disse-me uma coisa, depois aconteceu outra, mas não quero pronunciar-me sobre esse tema».

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