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Margem Olímpica  |  

Australianos vão controlar distrações com as redes sociais

Alguns atletas assumem que os resultados podem ser afetado pela atividade nas plataformas online. Outros vivem bem com elas. Mas já há compromissos quanto à atividade em plenos Jogos Olímpicos

Os atletas olímpicos australianos discutiram em assembleia a utilização das redes sociais durante os Jogos Olímpicos e as opiniões já manifestadas vão no sentido de uma diminuição dessa utilização ou, pelo menos, de um uso mais controlado para que os resultados desportivos não sejam afetados por isso.

A discussão foi levantada na segunda reunião do Comité Olímpico da Austrália (AOC) com os seus atletas onde, além dos assuntos de agenda como o antidoping ou a segurança, lhes foi perguntado se querem «twittar ou competir» no Rio 2016?

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Com base numa análise de 2013 que coloca as redes sociais como elemento de uma «cultura tóxica», como descreve a AAP, que interferiu no desempenho da equipa australiana de natação na Olimpíadas Londres 2012. Os australianos estão a levar a questão tão a sério que esta assembleia exibiu a posição inequívoca de duas campeãs olímpicas quanto às redes sociais em tempo de Jogos.

Num vídeo exibido, as campeãs olímpicas em título australianas Sally Pearson (110 metros barreiras) e Anna Mears (ciclismo de pista) assumiram o compromisso de desligarem todas as contas das redes sociais quando entrarem na Aldeia Olímpica. Já em 2012, depois de apenas ter ganho a medalha de prata, Emily Seebohm reconheceu que as redes sociais podem ter-lhe custado o ouro.

A nadadora australiana é uma confessa adepta daquelas plataformas e acabou por reconhecer que o fluxo de mensagens encorajadoras pode ter gerado um excesso de confiança. Seebohm fez uma eliminatória tão rápida que gerou uma torrente de mensagens de apoio que a levaram a pensar que a final dos 100 metros costas estava ganha.

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Não são só as mensagens negativas que podem prejudicar. «Os nossos atletas em Londres não perceberam, e nós também não, quais os perigos da distração. Estávamos preocupados com o que as pessoas podem dizer, mas não estávamos preocupados com as distrações. Agora sabemos isso», afirmou a chefe de missão australiana, Kitty Chiller, aos «The Sydney Morning Herald».

Caroline Buchanan é conhecida pela atividade frequente no Twitter e em outras plataformas usando-as como parte do seu percurso de sucesso ao contrário de se deixar afetar por elas. «Têm sido parte do meu ambiente diário. Eu ganhei títulos mundiais e campeonatos nacionais com elas», disse a atleta olímpica (finalista) de BMX.  

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«Por mim, eu gostava de continuar com isso», afirmou Buchanan à AAP, que acrescenta que a atleta tomou uma posição de compromisso encarregando pessoas de colocarem fotografias e outras informações nas suas contas para manter o contacto com os fãs, mas protegida da reciprocidade.

Esta assembleia deixou a decisão sobre o acesso às redes sociais nas mãos de cada atleta individualmente. A ciclista Kaarle MucCulloch já tomou a decisão de «garantidamente pôr de parte» o que pode distrair: «Quando se está ao telefone e queríamos ir para a cama às 22:00, o tempo passa e de repente são 22:30. Mais do que tudo para um atleta, o sono é a recuperação mais importante para um atleta.»

Já a capitã da equipa australiana de polo aquático diz que a discussão existe na seleção desde 2007. E, se concede que «para alguns pode ser uma distração», Bronwen Knox ficou satisfeita com a liberdade de decisão. «Não podemos dizer a toda a gente para apagar as suas contas. ´É importante para as pessoas manterem-se em contacto com os seus familiares. Trata-se apenas de conseguir o equilíbrio certo», afirmou Knox ao «Morning Herald»

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