Mariano Barreto no Chipre a «mexer no dinheiro dos outros»
Treinador português tem controlo total sobre o futebol do AEL
Mariano Barreto está satisfeito com a nova etapa na carreira. Após o divórcio com a Naval 1º de Maio, o técnico português voltou a abraçar uma experiência no estrangeiro, assumindo o comando do AEL Limassol. «É o clube com mais adeptos do Chipre e desempenho as funções de manager, com liberdade para fazer a gestão da pasta de contratações. É uma experiência nova para mim», descreve o treinador. «Estamos no oitavo lugar, a sete pontos da 4ª posição. Os dirigentes dizem que é um objectivo ambicioso, mas eu quero levar a equipa a esse lugar, para garantir o acesso ao play-off. A partir daí, tudo é possível», explica Mariano Barreto, referindo-se ao play-off entre as equipas colocadas nas quatro primeiras posições, em que tudo é decidido, inclusive o título de campeão. Mariano Barreto tem procurado arrumar a nova casa, gerindo o orçamento com olhos postos na segunda metade da época e já na planificação da próxima temporada. Os quatro reforços de Janeiro serão importantes para o sucesso desportivo da equipa. Filipe Azevedo e Moses estão garantidos, faltam um guarda-redes e um defesa-central, ambos portugueses. «As condições são boas, tenho as funções de manager e isso abre perspectivas interessantes para o futuro. Mexer no dinheiro dos outros é complicado», atira o técnico, entre sorrisos. Os adeptos estão satisfeitos, a profissionalização da estrutura está em curso, mas Mariano Barreto sabe que correu riscos: «Os dirigentes apostaram em mim com o objectivo de criar uma estrutura mais profissional, mas a verdade é que o nome de Mariano Barreto não era conhecido cá.» O antigo técnico de Marítimo e Naval considera que o mercado cipriota é «seguro» e espera que não «alguns oportunistas não estraguem essa realidade.» «É importante que as pessoas aqui percebam que os jogadores que vierem de Portugal vão aumentar a qualidade da competição. Eu estou a respeitar essa perspectiva, de valorização da prova. Temos cá o Zé Carlos (ex-Sp. Braga), por exemplo, que teria lugar em qualquer equipa de Portugal, tirando os três grandes», conclui o técnico.
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