Mexer: «Não ambiciono regressar ao Sporting»
Central moçambicano é cada vez mais uma certeza no futebol português e sonha jogar no Manchester United
Edson André Sitoe, Mexer como é conhecido, nasceu em Maputo a 8 de Setembro de 1988, tendo chegado a Portugal como um perfeito desconhecido na temporada de 2009/2010, pelas mãos de Carlos Carvalhal, líder da equipa técnica do Sporting, depois de cinco temporadas ao serviço do Grupo Desportivo de Maputo, onde conquistou o único título que faz parte do seu currículo, já em 2006.
A cumprir a sua quinta época no principal escalão do futebol português, Mexer tem-se destacado pela positiva, sendo mesmo o mais pontuado defesa para o MaisFutebol, depois de realizar na íntegra os quinze jogos disputados pelo Nacional da Madeira, catorze na Liga e um de má memória para a Taça de Portugal, em que os alvi-negros acabaram por ser afastados da competição frente ao modesto Santa Maria de Galegos.
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A MF Total foi ao encontro do central moçambicano e quis saber tudo sobre si. Sempre tímido e introvertido, embora muito sorridente, muito diferente do jogador raçudo que deixa tudo em campo, lá explicou entre risos como passou de Edson a Mexer, nome pelo qual todos o conhecem: «É uma longa história de infância. A minha avó é que me deu esse nome. Dizia que eu mexia muito. Era novinho e o nome foi crescendo, os meus amigos e a minha família chamavam-me assim e foi ficando. Ficou Mexer para sempre», explicou.
Depois de cinco temporadas no principal escalão de Moçambique e já com o estatuto de internacional, selecção que já representou por vinte vezes até ao momento, e que, inclusivamente, já defrontou a sua congénere portuguesa em Junho de 2010, com os lusos a alcançarem uma vitória por três bolas a zero, tendo Mexer alinhado os 90 minutos, o moçambicano acabou mesmo por dar o salto para o futebol português, numa experiência que acabou por não correr bem: «Eu comecei a jogar em 2005 e em 2006 fui campeão. Acho que era o jogador mais novo do plantel com 16/17 anos», começou por referir, acrescentando: «Na altura que cheguei ao Sporting estava o Carvalhal e acabei por não jogar. Não tive nenhuma oportunidade para mostrar o meu real valor, mas continuei sempre a treinar. Era tudo novo. Sempre sonhei jogar ao mais alto nível e cheguei a Portugal e acabei por não conseguir mas não me dei por vencido.»
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Afirmação em Olhão e reconhecimento na Madeira
Depois de ter alinhado pela formação algarvia em 21 jogos na sua primeira temporada em Olhão, um novo empréstimo haveria de ocorrer na temporada seguinte, com Mexer a voltar ao Olhanense, numa temporada em que alinhou a titular em 26 dos 27 jogos em que participou, sendo um elemento preponderante nas ambições da equipa, o que lhe valeu um convite para o Nacional da Madeira na época seguinte: «Nessa altura já estava totalmente adaptado. Sentia-me totalmente à vontade e o Olhanense já era uma casa. Já me sentia mais jogador do Olhanense que outra coisa», começou por referir. «Na altura quando recebi o convite senti-me feliz. Já sabia do clube, ouvia falar bem do clube e fui bem recebido. Senti-me bem na Madeira, embora o isolamento traga complicações, mas vou-me acostumando. Natal sem a família é complicado», acrescentou.
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O ingresso no Nacional da Madeira tem mostrado ao mundo o melhor de Mexer. Na sua primeira época a defender as cores do emblema madeirense, o moçambicano jogou 33 vezes, num total de 2870 minutos, tendo inclusivamente conseguido os seus primeiros dois golos no campeonato português, e nesta temporada alinhou mesmo em todos os jogos disputados pelos alvi-negros, sendo totalista na equipa, com a particularidade de apenas ter visto um único cartão amarelo e logo na jornada inaugural ante o Estoril, algo que não é comum, sobretudo se tivermos em conta que se trata de um defesa central. Mas, Mexer tem uma explicação para tal:
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O regresso a Alvalade
Questionado se ambiciona um dia regressar ao Sporting, Mexer é peremptório: «Para falar a verdade eu não ambiciono regressar ao Sporting, mas tudo acontece. Trabalho para outras coisas neste momento. Aqui em Portugal só penso mesmo no Nacional», disse.
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Manchester United: o sonho de sempre que quase aconteceu
E o sonho esteve perto de acontecer quando alinhava ainda nas camadas jovens do Desportivo de Maputo: «Desde pequeno sempre sonhei jogar no Manchester. Lembro-me na altura que eu jogava nos Juniores, chegou uma proposta para jogar no Manchester, mas não foi concreta e depois acabei por vir para Portugal», explicou.
Passar o Natal com a família era o maior desejo
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