Michelle Brito: «Gritar é algo que me sai naturalmente»

Michelle Brito lamentou a sua despedida de Roland Garros, mas defende que fez um bom encontro frente à francesa Aravane Rezai, em partida da terceira ronda do torneio do Grand Slam de ténis. A portuguesa falou também dos seus gritos, que motivaram protestos da adversária. «Não me sentia muito bem hoje. Acredito que fiz num entanto um encontro soberbo, jogámos bem as duas», afirmou Michelle, na conferência de imprensa após o jogo. A portuguesa deixou o court central sob assobios do público francês, mas não se sentiu incomodada. «É fácil de perceber, porque os franceses apoiam a jogadora deles», afirma a jovem tenista, de 16 anos, defendendo depois a sua forma de estar no court. «Ela é a primeira a queixar-se dos meus gritos. Acho que fez parte da táctica dela para me desestabilizar. Já a defrontei em Miami e fiz a mesma coisa», lembra Michelle: «Não posso fazer nada. Gritar é algo que me sai naturalmente. Sempre o fiz, desde pequenina, não copio ninguém.» Por causa dos gritos, as comparações entre Michelle e a russa Maria Sharapova são recorrentes. Rezai também uma comparação. «É diferente (de Sharapova), ela grita muito alto, talvez seja a forma dela de impressionar a adversária. Aquilo incomodou-me mesmo. É pena, porque ela joga muito bem, é muito talentosa», disse a tenista francesa.