Ciclismo: massagista da Cofidis preso por alegado tráfico de produtos dopantes

Bogdan Madejak, massagista polaco da equipa francesa de ciclismo Cofidis, detido há dois dias por suspeita de tráfico de produtos dopantes, foi ouvido esta quinta-feira pelas autoridades gaulesas, que determinaram a sua prisão.

O seu compatriota Marek Rutkiewicz, ex-corredor da Cofidis e que tinha sido detido segunda-feira na posse de produtos dopantes, foi hoje igualmente ouvido no âmbito do caso, mas acabou por ser libertado sob controlo judicial.

Os dois homens estão sob suspeita de «posse e cedência de substâncias venenosas», «oferta, cedência e incitação à utilização de produtos dopantes», assim como de «infracção à legislação sobre estupefacientes», precisou a procuradoria, citada pela agência noticiosa francesa AFP.

Além de Madejak e Rutkiewicz, quatro outras pessoas foram ouvidas pela polícia, entre elas o ex-ciclista francês da Cofidis Robert Sassone, que será convocado posteriormente pelas autoridades, juntamente com as filhas do massagista.

Uma das filhas de Madejak, farmacêutica, e a sua mulher, que se encontravam sob custódia policial desde terça-feira, foram libertadas um dia depois após a sua detenção.

Segundo a procuradoria de Nanterre, o processo judicial foi aberto por «utilização, posse e cessão de substância venenosas», com base nas no código de saúde pública francês. O caso de alegado tráfico de produtos dopantes no seio da equipa Cofidis já mereceu uma reacção do ministro dos Desportos de França, Jean-François Lamour, que, em declarações ao jornal Figaro, se manifestou «irritado» com a situação: «É angustiante ver pessoas irresponsáveis e criminosas, colocarem em questão o progresso, indispensável para o desporto, feito na luta contra o doping».