O recorde de Nadal, o show de Nibali e o fim da era Vettel
O balanço do ano nas modalidades a nível internacional
Eu em vez de nós. 2014 foi um ano em que o foco nas modalidades esteve, principalmente, nas grandes figuras individuais. As performances coletivas acabaram ofuscadas pelos feitos de homens como Rafael Nadal, Kobe Bryant, Vicenzo Nibali, Lewis Hamilton ou Marc Marquez. Houve recordes a cair, performances de sonho, algumas surpresas e uma certeza: o século XXI continua bem capaz de criar referências e transformá-las em homens a seguir nas mais variadas modalidades. Começando pelo ténis, por exemplo. Rafael Nadal venceu, pela nona vez, o Roland Garros. Recorde. Nunca ninguém havia ganho tantas vezes o mesmo Grand Slam. Nem mesmo Roger Federer, num ano em que mostrou uma evidente tentativa de renascimento, coroada com a conquista da Taça Davis para a Suíça. Não é um dos grandes torneios, mas era a única falha visível no currículo do tenista.
O grande ausente do Tour foi Nairo Quintana, vencedor do Giro. Contador que fraturou a tíbia na queda sofrida, recuperou a tempo da Volta a Espanha e venceu-a outra vez. Já vão três. Nos Mundiais, Bradley Wiggins venceu a prova de Contrarrelógio e o polaco Michal Kwiatkowski sucedeu a Rui Costa como campeão do mundo de estrada. Motores: fim da era Vettel e um Marquez arrasador Nas corridas com motor, o ano fica indubitavelmente marcado pelo fim da era Sebastian Vettel na Fórmula 1. A Mercedes dominou e Lewis Hamilton levou o título. Isto num ano ensombrado pelo acidente de Michael Schumacher no final de 2013, que levou todos os fãs a aguardar notícias ao longo de vários meses. A recuperação continua, tal como para Jules Bianchi, que sofreu um gravíssimo acidente no Grande Prémio do Japão e também luta pela vida. 2015 promete novidades na F1, até porque Vettel estará na Ferrari e Fernando Alonso voltou à McLaren. Nos outros campeonatos, o destaque maior é o prodígio Marc Marquez, o mais jovem bicampeão de sempre do MotoGP, com direito a recorde de pole-positions e vitórias numa temporada. A Argentina festejou com José Maria López, no WTCC, o primeiro título mundial no desporto a motor desde Juan Manuel Fangio, ao passo que Espanha bisou no Dakar: Nani Roma ganhou nos carros (terceiro a vencer nas duas e quatro rodas), Marc Coma fez o tetra nas motos. No WRC a época foi tirada a papel químico da anterior: Volkswagen e Sebastien Ogier não tiveram concorrência. Só poderia dar bi. E deu. Americanices, futsal e andebol No basquetebol, os EUA continuam a ser reis, vencendo o Mundial deste ano, que decorreu em Espanha e foi de grande desilusão para os locais, pela eliminação nos quartos-de-final frente a França. A Sérvia, que ficara em quarto no grupo da Espanha e passara à tangente, foi a finalista derrotada. Na NBA o título mudou de mãos. Os bicampeões Miami Heat foram derrotados pelos San Antonio Spurs no quinto jogo da final, numa época marcada pelo regresso de LeBron James aos Cavaliers e pelo marca de Kobe Bryant que, mesmo longe dos melhores tempos, superou os números da lenda Michael Jordan e tornou-se o terceiro melhor marcador de sempre do campeonato.
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