«O Sporting vai ter de pagar? Não digo isso, mas o espírito é esse»
Mourinho sorri quando confrontado com uma expressão que ele próprio utilizou em 2003: admite que hoje é um homem diferente, mas o sentido da frase está lá
Em 2003, depois de perder a Supertaça Europeia para o Milan quando ainda treinava o FC Porto, José Mourinho surpreendeu o país com uma frase que ficou célebre, à chegada ao aeroporto Sá Carneiro. «O próximo vai ter de pagar», disse. Ora o próximo era o Sporting, num clássico do futebol português que se jogava três ou quatro dias depois. Onze anos depois, Mourinho volta a defrontar o Sporting depois de uma derrota: desta feita com o Newcastle, em jogo da liga inglesa. Será que o Sporting vai ter de pagar outra vez as favas dessa derrota? Mourinho sorri com a pergunta. «O meu espírito é igual, mas se calhar a forma de comunicar é diferente. As realidades são diferentes. Em Portugal um FC Porto-Sporting é coisa grande e se calhar foi o modo de motivar gente triste com a perda de uma Supertaça Europeia», disse. «Agora é diferente. Mas a maneira de gerir as coisas é parecida. Gostava que o Sporting se qualificasse? Gostava. Mas gostava que o Sporting perdesse amanhã. Sem ter que usar esse tipo de expressões e sem ter esse vocabulário, sem dizer que alguém tem de pagar as favas, o espírito é o mesmo.» Até porque, lá está, Mourinho não sabe trabalhar de outra forma. «Nesta vida não estamos para ganhar sempre, mas estamos para tentar ganhar sempre. Isso não muda e amanhã queremos ganhar.»
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