James, claro, mas também Cuadrado
Colômbia-Uruguai, 2-0 (destaques)
Zuñiga e ArmeroDois laterais de mão cheia, com importante participação ofensiva – de que é exemplo o maravilhoso segundo golo colombiano. Zuñiga, o lateral direito, impressiona pela consistência dos piques e pela potência de remate enquanto Armero, mais contido, mede bem as subidas e tem uma eficácia de cruzamento muito apreciável.
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CuadradoJá é uma das grandes confirmações deste Mundial. Parte de uma posição de extremo, que dá equilíbrio defensivo à equipa, permitindo a James jogar com carta branca, da esquerda para o meio. Driblador fantástico, tem capacidade para ocupar zonas mais centrais e alia à técnica uma visão de jogo perfeitamente demonstrada pela assistência para o 2-0.
Cavani e MusleraOs melhores uruguaios deste Mundial, símbolos perfeitos de uma equipa combativa, com uma mentalidade praticamente inquebrável. Os 13 remates que os «charruas» fizeram na segunda parte dão bem a medida da competitividade com que encaram os jogos. Enquanto o guarda-redes voltou a ser exemplar, Cavani, jogador magnífico, demasiadas vezes obscurecido pelo seu parceiro de ataque – seja ele Ibrahimovic ou Suarez – despede-se do Mundial com a certeza de que fez tudo o que podia para evitar este desfecho.
SuarezAvançado magnífico, temperamento detestáve: depois de ter renascido das cinzas de uma lesão grave com a exibição frente à Inglaterra, a reincidência nas mordidelas acabou com as esperanças uruguaias no Brasil. Mesmo que a equipa tenha tentado transformar o seu processo numa gritante injustiça, e unir-se contra o mundo exterior, há coisas que no futebol vão para além do espírito de grupo e da mentalidade. Isso, o Uruguai teve de sobra. Faltou-lhe o golpe de génio de um matador com dentes a mais e cabeça a menos.
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