Gelson Martins: «Era bom tornar-me o sucessor de Nani»
Antes de rumar ao Mundial de sub-20 o extremo renovou contrato com o Sporting e ficou com cláusula de rescisão de 60 milhões de euros
* com Maria Gomes de Andrade
Aos primeiros pontapés na bola, ainda em Cabo Verde, Gelson Martins inspirava-se em Robinho. Procurava imitar as fintas do brasileiro, copiava-lhe os gestos, fixava-se nas expressões. Só que depois, com a mudança para Portugal, a admiração de Gelson centrou-se em Nani. Para além das origens caboverdianas, os dois jogadores estão ligados pela posição que ocupam em campo. E pelo Sporting, claro. Esta época Gelson teve a oportunidade de trabalhar perto de Nani, ainda que os dois jogos disputados pela equipa principal, na Taça da Liga, não tenham contado com o internacional «AA» português. Agora que Nani vai despedir-se de Alvalade para segunda vez, terminado o empréstimo pelo Manchester United, fica um legado que Gelson adoraria agarrar. «Sempre gostei do Nani. Ser o sucessor dele era bom. Vamos ver. Agora estou focado na seleção, e com o tempo vamos ver isso», diz ao Maisfutebol. O foco agora é o Mundial sub-20, prova em que Portugal vai pensar «jogo a jogo». «O mais importante é a fase de grupos. Depois é jogo a jogo, tentando vencer todos», afirma. Gelson Martins é um dos quinze elementos da convocatória de Hélio Sousa que estiveram no Europeu de sub-18, há um ano. O extremo marcou mesmo um dos melhores golos da competição, na goleada à Hungria, ultrapassando vários adversários antes de finalizar. «Foi um bom momento individual, mas o importante é a equipa. Espero que corra melhor», diz, lembrando a derrota na final, com a Alemanha. Gelson foi depois promovido à equipa B do Sporting, para uma época em crescendo. Suplente na primeira metade da temporada, agarrou depois a titularidade e até foi eleito o melhor jovem da II Liga em abril. «Estou contente, foi uma boa evolução», resume.
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