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Brasil: pólvora seca como há muito não se via

Fred e Jô não convencem. Desde 1982 que os pontas-de-lança do Brasil não precisavam de três jogos para marcar

*Enviado-especial ao Brasil

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Não estaremos muito longe da verdade ao afirmar que são muito poucos os que estão convencidos com a performance do Brasil neste Mundial 2014. A verdade é que a vitória frente à Croácia, bem mais suada do que o 3-1 final indica, e o empate sem golos com o México adiaram as decisões do apuramento para a última jornada. O Brasil parece ter vida facilitada ao enfrentar a já eliminada seleção dos Camarões pelo que será imperdoável para o grupo de Luiz Felipe Scolari tudo o que não seja uma vitória. Não é fácil encontrar explicações para o baixo rendimento de um dos países com o maior campo de recrutamento do mundo (se não o maior). Ainda assim, um dado em particular salta à vista: a pouca influência dos pontas-de-lança no futebol do Brasil. Historicamente, o homem mais central do ataque costuma ajudar a desbloquear problemas. Em 15 dos 19 Mundiais já realizados, o ponta-de-lança de serviço fez golo num dos dois primeiros jogos. Em dez deles até o conseguiu logo na primeira tentativa. Este ano, Fred e Jô parecem abaixo do rendimento habitual no Brasil. O destaque maior tem de ser para Fred, claro, pois tem sido a escolha inicial. Segundo os dados oficiais da FIFA, nos 164 minutos que esteve em campo contra Croácia e México, apenas conseguiu fazer dois remates. , a alternativa, fez apenas um nos 25 minutos em que esteve em campo. Fase de grupos em branco costuma…dar títuloDesde 1982 que o ponta-de-lança do Brasil não chegava em branco ao terceiro jogo do Mundial. Na altura, Serginho, a opção de Telé Santana na famosa equipa que encantou Espanha e o mundo, estava longe de ser figura principal. Numa equipa recheada de talento, era mais um e marcou apenas ao terceiro jogo, na goleada de 4-0 à Nova Zelândia. Precisou, então, de 250 minutos para festejar. Curiosamente, se Fred ou Jô ficarem em branco frente aos Camarões e o Brasil seguir em frente, os mais supersticiosos podem ter motivos para começar a acreditar no título. É que apenas por duas vezes o ponta-de-lança do Brasil ficou em branco em toda a fase de grupos. E, em ambas, a «canarinha» sagrou-se campeã do mundo. Aconteceu no Chile 62, com Vavá, e no México 70, com Tostão, que, não sendo um ponta-de-lança puro, cumpria a função na seleção. Fred até superou Ronaldo na AlemanhaA escolha de Fred, avançado de 30 anos do Fluminense, para ser o centro do ataque canarinho não é a mais consensual, mas a verdade é que o ponta-de-lança tem a confiança de Scolari que não costuma deixá-la cair à primeira. Aliás, Fred esteve em destaque na última Taça das Confederações, quando marcou nos dois primeiros jogos do Brasil. Além disso, em mais um dado curioso, foi o ponta-de-lança que inaugurou as redes contrárias no Alemanha 2006, superando Ronaldo, que era o titular. 
Saindo do branco, Fred fez o segundo golo da vitória frente à Austrália (Adriano tinha feito o primeiro, mas não jogava num flanco) e evitou que o Brasil chegasse à terceira ronda sem golos de pontas-de-lança. Ronaldo só marcaria, precisamente, nesse terceiro jogo, frente ao Japão, e logo a dobrar. Com este rendimento pobre, a dúvida para o jogo com os Camarões passa por perceber se Scolari mantém a aposta em Fred, lança Jô de início ou encontra um esquema alternativo sem ponta-de-lança fixo ou com um jogador como Hulk, se estiver recuperado, que fez várias vezes a posição no FC Porto. A eficácia dos pontas-de-lança do Brasil em todos os Mundiais: Uruguai 30: Preguinho (1º jogo, Jugoslávia) Itália 34: Leónidas da Silva (1º jogo, Espanha) França 38: Leónidas da Silva (1º jogo, Polónia) Brasil 50: Ademir (1º jogo, México) Suíça 54: Baltazar (1º jogo, México) Suécia 58: Mazzola (1º jogo, Áustria) Chile 62: Vavá (4º jogo, Inglaterra) Inglaterra 66: Tostão (2º jogo, Hungria) México 70: Tostão (4º jogo, Peru) RFA 74: Jairzinho (3º jogo, Zaire) Argentina 78: Reinaldo (1º jogo, Suécia) Espanha 82: Serginho (3º jogo, Nova Zelândia) México 86: Careca (2º jogo, Argélia) Itália 90: Careca (1º jogo, Suécia) EUA 94: Romário (1º jogo, Rússia) França 98: Ronaldo (2º jogo, Marrocos) Coreia/Japão 02: Ronaldo (1º jogo, Turquia) Alemanha 06: Fred (2º jogo, Austrália) África do Sul 10: Luís Fabiano (2º jogo, Costa do Marfim)

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