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Mundial2022  |  

Adeptos impedidos de entrar em Alvalade com t-shirts da Amnistia Internacional

Federação Portuguesa de Futebol explicou que a organização do encontro, a cargo da UEFA, não tinha sido informada da iniciativa

A Amnistia Internacional denunciou esta quinta-feira vários casos de adeptos que receberam uma t-shirt em prol dos direitos humanos antes do Portugal-Nigéria, em Alvalade, que foram impedidos de entrar no estádio com elas vestidas.

«Foi com tristeza e pesar que a Amnistia Internacional Portugal viu hoje ser restringida uma ação de solidariedade para com os trabalhadores migrantes no Qatar pelos seguranças no Estádio de Alvalade», pode ler-se em comunicado divulgado por aquela organização em Portugal.

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As cerca de mil t-shirts, que se assemelham aos coletes de trabalhadores da construção civil, da «'Equipa Esquecida», os migrantes que morreram, sofreram lesões e abusos de direitos humanos nos preparativos do Mundial2022, foram entregues antes do Portugal-Nigéria, particular de preparação.

Segundo a Amnistia, vários adeptos denunciaram os seguranças no recinto, que os obrigavam «a tirar e entregar-lhes as camisolas», o que foi comprovado por uma equipa de ativistas daquela organização.

«Tendo-lhes sido dada a mesma indicação: que apenas poderiam entrar se despissem as camisolas e as deixassem fora, colocando-as no lixo. Por fim, os seguranças recusaram-se a restituir as camisolas abandonadas aos ativistas da organização», pode ler-se na nota.

A Amnistia acrescenta que os seguranças «justificaram esta ação respondendo às pessoas que estão a seguir indicações da Federação Portuguesa de Futebol», instituição a quem pediram já «esclarecimentos urgentes».

À Lusa, fonte da a Federação Portuguesa de Futebol atribuiu a confusão a «alguns seguranças com excesso de zelo».

Segundo a mesma fonte, a partir do momento em que a federação soube do caso, outros adeptos puderam entrar com as camisolas, defendeu. «Esperamos que tudo não passe de um mal-entendido e que a Federação Portuguesa de Futebol possa esclarecer ou dissociar-se deste triste episódio de falta de respeito pela liberdade de expressão dos adeptos da nossa seleção», considerou Pedro A. Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal.

Aquela organização «teme que este episódio seja mais uma mancha num evento que deveria também ser uma oportunidade de inclusão, respeito e promoção dos direitos humanos», sentindo que foi restringido um direito à liberdade de expressão.

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