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FC Porto  |  

Nélson, o 10 «gordinho», deixa aviso ao FC Porto

«Quando a bola chega, não chora», o lema do capitão do Santa Eulália

Nélson Silva é o número 10, o capitão, um El Comandante à escala do Centro Cultural e Desportivo de Santa Eulália. Portista confesso, adoraria enfrentar Lucho González e ficar com a camisola do argentino do F.C. Porto, após a festa da Taça de Portugal. Em conversa com o Maisfutebol, o jogador traça o retrato de uma equipa amadora que anseia pela receção ao campeão nacional. O Santa Eulália foi campeão distrital da Associação de Futebol de Braga e subiu à III Divisão. Agora, prepara-se para outro momento alto da sua história. Jogando em casa emprestada (Vizela), o modesto emblema minhoto não enjeita a possibilidade de uma surpresa. Fica o aviso: o F.C. Porto não pode ficar iludido com as aparências. Nélson Silva, por exemplo, é chamado de «gordinho» e admite que o seu peso já não combina com a altura. São 175 centímetros e 87 quilos. Mesmo assim, ganhou recentemente o prémio de melhor atleta sénior do concelho de Vizela. O médio enfrenta a questão sem complexos. «Eu nunca corri muito, agora ainda menos. É verdade e até brincam comigo, chamam-me gordinho. Quando os adversários não me conhecem, até ficam relaxados. Mas quando a bola chega aos meus pés, ela nunca chora. E aí percebem que a técnica está toda lá», avisa Nélson Silva. «Se eliminarmos o F.C. Porto, reformo-me logo»Aos 36 anos, o antigo jogador do Paços de Ferreira (entre 2000 e 2002) pensa numa despedida em beleza. «Já disse aos meus amigos que, se eliminarmos o F.C. Porto, reformo-me logo. Era a despedida ideal. Mas a sério, para já sinto-me bem, estou a fazer um bom início de campeonato e enquanto me sentir assim, continuarei.» «Somos amadores, ganhamos pouco e jogamos por prazer». Nélson Silva trabalha durante a semana numa escola do concelho, como assistente operacional. No sábado, lá estará ele a pautar o jogo do Santa Eulália. E Lucho González? «Penso que não vai jogar. Gostaria que viesse, aliás que viessem todos os titulares. Se viesse, pedia-lhe a camisola para dar aos meus filhos. Adoro-o, pelo que ele joga, pelo que simboliza, pela postura em campo. Sou portista mas o clube do meu coração é onde jogo», avisa. «A semana tem sido intensa, mesmo aqui na escola os miúdos vêm sempre falar comigo sobre o jogo, a pedir bilhetes, etc. Eu já fui profissional, já estive num plantel do Paços que venceu Benfica e Sporting, por exemplo, mas claro que o Porto será especial. Porto é Porto». «Com a bola nos pés, ainda faço umas coisasSe não for Lucho, será Castro, por exemplo. «Se for o Castro, só lhe digo para não entrar muito forte, que ele costuma ser intenso nas disputas de bola. Vai ser interessante. O andamento dos mais jovens é outro mas com a bola nos pés, ainda posso fazer umas coisas.» «Os mais novos do Santa Eulália denotam alguma ansiedade, como é natural. Isso sentiu-se no fim-de-semana passado, contra o Leça. Um dos rapazes nem conseguia correr. Somos pequeninos mas vamos fazer o melhor possível», prometeu Nélson Silva. O experiente médio conhece bem o F.C. Porto. Até o observador dos dragões, o jovem a quem Vítor Pereira confia essa missão. «O F.C. Porto é muito organizado e sabe trabalhar. Aliás, já vi o observador, o Pedro Ribeiro, pelo menos duas vezes nos nossos jogos. Conheço-o e vi-o nos jogos com o Lousada e o Leça, pelo menos. É um sinal de respeito», remata, em conversa com o Maisfutebol.

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