«Noites Europeias - Uma História das Competições Europeias de Clubes (1897-2013)» (I)
Livro conta, de forma completa e exaustiva, uma história com mais de cem anos
Será lançado no próximo domingo, 29 de setembro, às 17.45 horas, na Casa do Livro, na Rua das Galerias de Paris, no Porto, com apresentação de Luís Freitas Lobo.
O jornalista e historiador Miguel Lourenço Pereira, editor da revista online «Futebol Magazine», e o investigador na área do futebol João Nuno Coelho (autor de vários livros, entre os quais «Portugal, a Equipa de Todos Nós» e «A Paixão do Povo, história do futebol em Portugal», decidiram avançar para uma empreitada profunda: fazer um levantamento histórico das competições europeias de futebol.
PUB
Ao nível desportivo e mediático, é normal começarmos a pensar em competições europeias a partir de 1956, com a criação da Taça dos Campeões Europeus. As primeiras seis edições dessa prova foram ganhas pelo Real Madrid, as duas seguintes pelo Benfica e é dessa competição que decorreu a atual Liga dos Campeões.
Mas este livro mostra-nos que a história das competições europeias começa muito antes. Na verdade, quase 60 anos antes.
Miguel Lourenço Pereira e João Nuno Coelho fazem até uma separação curiosa: chamam à fase pré Taça dos Campeões Europeias a das «Tardes Europeias»; a partir de 1956, com a criação da prova que dá o título ao campeão europeu de clubes, começou a fase das «Noites Europeias», apontam os autores.
A obra, de grande fôlego, está dividida em seis partes: na Parte I, essa tal fase das «Tardes Europeias» (1898-1955), com o Império do Futebol, As Primeiras Competições Europeias; A cultura das tertúlias de café, A mãe de todas as euro-taças, Domínio Austro-Italiano, o Ocaso da escola vienense e a A nova Europa.
PUB
Na Parte II (1955-1970), os autores referem-se à «Comunidade Europeia do Futebol», com o sonho de Hunot, A irrepetível epopeia do Real Madrid, Outros desafios europeus, Lisboa, Milão, as novas capitais e o Alargamento Europeu.
Entre 1970 e 1985, deu-se, referem os autores a «Ascensão e Queda». É a parte III do livro: O fim da idade da inocência, Futebol Total, RFA: República do Futebol Alemão, o Futebol volta a casa, Paraíso a Leste, Degelo Escandinavo e os dilemas da Europa Latina.
A Parte IV, «Entre o Céu e o Inferno», remonta ao período 1985-1993). Na encruzilhada, Hooliganismo!, o tempo dos «outsiders» e Calcio d'ouro. Segue-se a «Liga de Tubarões» (1993-2008), com o Admirável futebol novo, A reforma, Bosman: futebol sem fronteiras, Ainda e só para campeões, Provas em vias de extinção, UEFA-G14, o jogo do poder, Ricos e poderosos e O outro lado do espelho: as periferias.
A Parte VI, para fechar, é dedicada ao «Regresso ao Futuro» (2008-2013). A régua e o esquadro, o renascimento ibérico e a reinvenção do Futebol Total.
Num livro que mistura uma forte componente histórica com uma explicação sobre a evolução das táticas dominantes, o lado social e político não é esquecido.
A obra marca a estreia da editora «Amor à Camisola», chancela que refere ter «A paixão pelo futebol em letras impressas na alma de adepto».
PUB