Castigo de Fernando Santos: TAS pode reduzir
Efeito suspensivo pode ser requerido, mas não é provável
O Comité de Apelo da FIFA manteve na totalidade o castigo de oito jogos a Fernando Santos, na sequência da expulsão no final do Costa Rica-Grécia, partida dos oitavos de final do Brasil-2014.
Apesar do recurso apresentado pelo agora selecionador de Portugal, embora em data posterior à que deveria ter feito (a razão estará, como já explicou várias vezes Fernando Santos, o não recebimento atempado da notificação por parte da federação grega), a instância de apelo da FIFA manteve a decisão do comité disciplinar, aplicando o teto máximo de oito jogos de suspensão.
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A decisão, obviamente, não foi ao encontro das expetativas iniciais de Fernando Santos e também da FPF, que a partir do momento em que assumiu a escolha para a sucessão de Paulo Bento tem também estado envolvida na possível redução do castigo.
O que vai seguir-seRejeitado o recurso para possível redução (que nos últimos dias chegou a apontar-se para cerca de metade, seria essa a expetativa inicial da defesa), esgotam-se as esperanças de redução na FIFA.
O processo segue, assim, para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS, Tribunal Arbitral Du Sport), organismo com sede em Lausanne, totalmente independente da FIFA e da UEFA, e com poderes vinculativos, assumindo-se como uma espécie de «supremo» da justiça desportiva internacional.
O que se segue, então, no «caso Fernando Santos»? Para já, um período de, no máximo, três semanas, mas muito provavelmente mais curto, para interposição do recurso.
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Depois, o TAS nomeia o painel de juízes. Deverá ser composto por um árbitro indicado pela defesa (Fernando Santos), outro da acusação (FIFA) e ainda um terceiro, o juiz-presidente, escolhido pelo TAS.
Sentença em dois, três meses... Não antesComeçará, então, a produção de prova e avaliação do caso, com reunião dos argumentos e provável chamada de testemunhas.
Só no fim disto tudo haverá uma sentença. Nenhuma garantia de que haja redução, obviamente, mas é de admitir que isso aconteça. «Seria estranho para mim se o TAS produzisse sentença antes de um período de dois, três meses. Será muito difícil antes disso», avisa Jerry Silva, especialista em Direito Desportivo, em declarações ao Maisfutebol.
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