Opinião: é mais difícil fazer um estádio ou manter um treinador?
Não fez promessas sobre o futuro de Quique Flores
O Benfica está em terceiro no campeonato. A discutir com Sporting, sim, mas também com Nacional e Sp. Braga. O Benfica está fora da Taça de Portugal. E fez má figura na Taça UEFA. Ganhou a Taça da Liga. Pois. O Benfica perdeu os dois últimos jogos em casa. Alguns adeptos levaram lenços e lençóis para o Estádio da Luz e mostraram-nos. Que faz o presidente do Benfica? Convoca uma conferência de imprensa e queixa-se de notícias. A vantagem de ter memória é olhar para aquela conferência e recordar muitas outras idênticas. Com outros dirigentes, com outras derrotas para justificar, mas com os mesmos alvos: os jornalistas. Ontem uns; hoje outros; amanhã sabe-se lá quem. O discurso é velho, não justifica mais do que um parágrafo. A equipa perde, Luís Filipe Vieira preocupa-se com os jornais. É uma possibilidade. Sobre o que realmente interessa neste momento, apenas um facto: não foi feita qualquer promessa sobre o futuro de Quique Flores na Luz. E isso podia ter ajudado a equipa e o treinador neste final de temporada. Alguns benfiquistas acharão que estou a ser injusto. Lembrarão que o presidente salientou o facto de o treinador ter contrato por mais uma temporada. Sem dúvida. É pelo menos tão verdadeiro como a certeza de que passou o tempo em que na Luz os treinadores iam sempre até ao fim dos vínculos. Restaurar essa nobre tradição parece ser mais difícil do que fazer um estádio.
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