Nem de propósito: não dá para antecipar a Bola de Ouro?
Platini pode bem ser, em 2014, o que Sepp Blatter foi para Cristiano Ronaldo em 2013: o melhor auxílio para uma distinção que, desta vez, me parece inevitável
«Eu não voto, mas vocês sabem o que eu penso. Normalmente, em ano de Mundial o prémio deveria ser para quem se destacasse nessa competição. Portugal e Cristiano Ronaldo não brilharam, quem ganhou foi a Alemanha, e a seleção alemã tem vários jogadores de topo.» MICHEL PLATINI, presidente da UEFA
CRISTIANO RONALDO EM 2014: (até 21 de outubro, claro…)
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Os 47 golos marcados desde 1 de janeiro:Pelo REAL MADRID (43):6 de janeiro: Celta de Vigo, Liga, dois 15 de janeiro: Osasuna, Taça do Rei, um 18 de janeiro: Bétis, Liga, um 25 de janeiro: Granada, Liga, um 11 de fevereiro: Atlético de Madrid, Taça do Rei, dois 26 de fevereiro: Schalke 04, Champions, dois 2 de março: Atlético de Madrid, Liga, um 9 de março: Levante, Liga, um 15 de março: Málaga, Liga, um 18 de março: Schalke, Champions, dois 23 de março: Barcelona, Liga, um 26 de março: Sevilha, Liga, um 29 de março: Rayo Vallecano, Liga, um 2 de abril: Borussia Dortmund, Champions, um 26 de abril: Osasuna, Liga, dois 29 de abril: Bayern Munique, Champions, dois 3 de maio: Valência, Liga, um 24 de maio: Atlético Madrid, final Champions, um 12 de agosto: Sevilha, Supertaça europeia, dois 25 de agosto: Córdoba, Liga, um 14 de setembro: At. Madrid, Liga, um 17 de setembro: Basileia, Champions, um 20 de setembro: Corunha, Liga, três 23 de setembro: Elche, Liga, quatro 27 de setembro: Villarreal, Liga, um 1 de outubro: Ludogorets, Champions, um 5 de outubro: Ath. Bilbao, Liga, três 18 de outubro: Levante, Liga, dois
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Pela SELEÇÃO (4):5 de março: Camarões, Amigável, dois 26 de junho: Gana, Mundial, um 14 de outubro: Dinamarca, qualificação para o Euro, um
* 43 pelo Real; 4 pela Seleção
Não, esta crónica não é para defender a tese de que Cristiano Ronaldo está condenado a ser o melhor futebolista de todos os tempos.
Muito menos se tentará afirmar nestas linhas o que, certamente com exagero, o seu agente Jorge Mendes ( «Nem nos próximos 500 anos surgirá outro como ele».) ou o treinador do Valência, Nuno Espírito Santo («Não acredito que haja outro Cristiano Ronaldo»).
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Como não sou capaz de fazer futurologia, nunca afirmaria algo sobre um devir que nunca chegarei a conhecer. Mas o que afirmo, sem grande margem para falhar, é que a Bola de Ouro 2014 irá, direitinha, para Cristiano Ronaldo.
Se, há cerca de um ano, se começava a discutir o mesmo tema, desta vez não me parece que possa haver grandes dúvidas.
O rol de feito de CR7 nos primeiros nove meses e três semanas do ano já seria suficiente para lhe conferir o prémio. O que Ronaldo poderá ainda fazer até ao fim de 2014(e, sim, agora vou arriscar um bocadinho de futurologia, mas, caramba, é só de dois meses e uma semana, não de meio milénio...) deverá tirar todas as dúvidas.
Uma das eternas polémicas em torno da Bola de Ouro tem a ver com a conciliação da parte individual (na verdade, o que deve prevalecer, porque se trata de um prémio a um jogador, não a uma equipa)
Ora, o que o registo impressionante de Ronaldo em 2014 nos diz é que o atual momento de CR7 mostra o melhor jogador do Mundo num plano «meramente individual» e mostra também um jogador capaz de arrastar as equipas que serve (Real Madrid e Seleção) para os sucessos.
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