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Opinião  |  

O pior cego é aquele que não quer ver

«DRIBLE DA VACA» - Opinião

Em 1647, na França, o Doutor Vicent de Paul D'Argenrt realizou o primeiro transplante de córnea em um jovem aldeão deficiente visual que vivia isolado na pacata Nimes.   A cirurgia foi um sucesso, mas Angel não demorou a ficar horrorizado com o que começou a enxergar. O mundo que imaginava nos sonhos era muito melhor do que aquele pesadelo que passou a viver. Decepcionado e revoltado, pediu algo inimaginável na altura. Surpreendeu a todos, inclusive a si próprio. Ordenou que o médico lhe arrancasse os olhos. Entrou para a história como o cego que não quis ver. Em 2022, em Portugal, Benfica e FC Porto atingiram a liderança nos seus respectivos grupos na edição 2022/23 da Liga dos Campeões. Vão ter vantagem agora no sorteio das oitavas de final. Invictos na temporada, os encarnados levaram a melhor sobre a «Juventus que não é mais aquela Juventus» e o «PSG que em casa jogou sem Messi e nunca foi um colosso do futebol internacional». Já os dragões, depois de dois tropeços no arranque da competição, se reinventaram, deram a volta por cima e deixaram para trás o «Atlético de Madrid de Simeone que não incomoda» e o «Club Brugge que ninguém conhece». Não é preciso um procedimento cirúrgico para percebermos a dimensão dos feitos da dupla portuguesa. Nem sequer óculos de grau para reconhecermos o trabalho de Roger Schmidt e Sérgio Conceição. Ou talvez sim? Vicent de Paul D'Argenrt não teria vida fácil se vivesse nos dias de hoje em solo português. O seu consultório médico, fosse na Avenida da Liberdade ou na Avenida dos Aliados, estaria apinhado e com filas gigantescas de Angels.

* Bruno Andrade escreve a sua opinião em Português do Brasil

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