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Opinião  |  

«4x4x3»: aquilo de que o Sporting mais precisa

Extremos não faltavam a Jardim, mas o técnico nunca pareceu verdadeiramente satisfeito

Terminada a época com um segundo lugar que merece elogios mas não desaconselháveis euforias (até porque a história do clube pede mais), o Sporting tem agora de avançar para a afinação de um plantel que lidará com uma exigência maior em 2014/15.

A quantidade também será um factor importante, tendo em conta o aumento do número de jogos, mas como sempre o fundamental será acertar na qualidade. É que os dois aspetos não estão automaticamente relacionados, como até se percebeu pelo plantel desta época que agora termina.

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Os extremos eram a opção mais abundante para Leonardo Jardim, mas ficou sempre a ideia de que o técnico nunca andou verdadeiramente satisfeito com a resposta destes jogadores.

Andre Carrillo foi aquele que conseguiu mais assistências (oito em todas as provas). Mas os assobios que ouviu ao ser substituído ainda na primeira parte do jogo com o Estoril não representaram apenas uma crítica a esta exibição em concreto. São também um reparo a um jogador que continua a não conseguir colocar em campo tudo aquilo que promete. A espera torna-se longa, e a relação com os adeptos vai-se deteriorando.

Diego Capel foi o extremo mais utilizado, mas nem o carinho que os adeptos continuam a ter pelo espanhol disfarça mais uma época discreta, com quatro assistências e três golos. Um rendimento distante daquele é que o outro rendimento, o monetário, e que por isso coloca o ex-jogador do Sevilha na porta de saída, conforme já abordado neste espaço.

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Wilson Eduardo fez mais do que Capel (cinco golos e cinco assistências), mas jogou menos, o que prova que não conseguiu estabilizar-se no «onze». Continua a faltar o «grito da revolta». Continua a faltar um ciclo de indiscutível influência na equipa, que permita a Wilson Eduardo afirmar-se.

Carlos Mané apareceu mais tarde na equipa principal e acabou por aproveitar as dúvidas de Jardim em relação aos outros extremos, assumindo a titularidade em onze ocasiões. Embora não tenha feito qualquer assistência, o jovem luso-guineense mostrou sentido de baliza, com quatro golos marcados. A promessa leonina terá lugar cativo no plantel da próxima época, e talvez o principal candidato à titularidade, pelo menos para já.

Contratado ao Marítimo no mercado de inverno, Heldon pareceu ressentir-se da mudança. Se até então tinha onze golos e três assistências, de verde e branco só conseguiu um tento. O internacional cabo-verdiano até apareceu logo como titular, mas não conseguiu corresponder à aposta. Terá, ainda assim, o benefício da dúvida, agora que vai apanhar a «viagem» de início.

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O mesmo se aplica, de certa forma, a Shikabala, que só apareceu em cena nesta última jornada (no que à última jornada). A avaliação, para quem está de fora, só pode começar na pré-época de 2014/15.

Certo é que entre desilusões, dúvidas e jogadores que ainda precisam de tempo, a prioridade do Sporting no mercado de transferências deve passar pelos extremos. Alguém mais fiável, mais sólido, mais desequilibrador. Alguém que seja mais do que um extremo.

«4x4x3» é um espaço de análise técnico-tática do jornalista Nuno Travassos. Siga-o no Twitter

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