Penafiel-Marítimo, 1-0 (destaques)

Lourenço, absolutamente determinanteMas que grande actuação fez este médio que o Penafiel foi buscar ao Leixões. Inteligente, dinâmico e senhor de um excelente pé esquerdo, Lourenço mostrou andamentos de qualidade suficiente para jogar na Liga. É, com certeza, um dos muitos desconhecidos cujo talento só é reconhecido na Honra. E é pena. O melhor em campo. Alex Von Schwedler, aristocrata só de nomeTem nome aristocrático, mas é um verdadeiro plebeu dentro das quatro linhas. Decidido e muito forte na marcação, foi o maritimista em melhor nível, logo secundado pelo guarda-redes Marcos. Teve algumas acções determinantes que adiaram o golo do Penafiel e ainda tentou surpreender Palatsi com dois cabeceamentos. Muito alto e magro, um pouco ao jeito de Lucho Gonzalez, este chileno parece uma mais-valia para a defesa da equipa do Funchal. No golo de Guedes está absolvido de qualquer tipo de responsabilidade. Guedes, a magia do primeiro goloNa segunda partida a titular na presente época (havia jogado de início frente ao Feirense), Guedes marcou o seu primeiro golo enquanto sénior. Há dez anos no Penafiel, ainda cumpre a sua evolução enquanto futebolista, mas a qualidade está lá. Movimenta-se muito bem, tem bons pés e joga para a equipa. Falta-lhe músculo, mas umas idas ao ginásio podem ajudar a resolver essa questão. Ferreira, veterano de muitas «guerras»Actuava no Marco, onde era o pêndulo do meio-campo, e veio para o Penafiel para comandar as duras campanhas no núcleo dos relvados. Um veterano de muitas outras «guerras», que tem na experiência e na qualidade de passe as maiores virtudes. Numa equipa tão jovem como a do Penafiel, a sua voz de comando ouve-se a quilómetros. Actuação muito acertada, bem próxima da apresentada por Lourenço. Diogo Valente, muita vontade e pouco engenhoÚnico reforço de Inverno para Ulisses Morais, Diogo Valente entrou directamente para o onze inicial do Marítimo. Não será, contudo, exagero afirmar que pouco ou nada lhe saiu bem, apesar da muita vontade que mostrou. Reteve a bola quando não devia, entregou-a quase sempre mal e somou um sem fim de equívocos pouco condizentes com a sua craveira técnica. Precisa acalmar-se e estabilizar a sua qualidade de jogo, pois tem obrigação de fazer muito mais.