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Costa Rica aposta tudo na disciplina tática

Equipa de Jorge Luis Pinto não vai perder o equilíbrio defensivo e procurará repetir o feito alcançado no Itália 90.

Redação
A 'World Cup Experts Network' reúne órgãos de comunicação social de vários pontos do planeta para lhe apresentar a melhor informação sobre as 32 seleções que vão disputar o Campeonato do Mundo. O Maisfutebol representa Portugal nesta iniciativa do prestigiado jornal Guardian. Leia os perfis completos das seleções que participarão no torneio: 
Autores dos textos: Esteban Valverde e Leonardo Pandolfo Parceiro oficial na Costa Rica: Al Día Revisão: Filipe Caetano A formação favorita de Jorge Luis Pinto é o 5x4x1, embora muitas vezes se assemelhe mais a um 5x2x3. Usa sempre três defesas centrais e dois laterais que nem por isso têm grande liberdade para atacar, mas certamente irão fazê-lo sempre que puderem. No meio-campo usa um médio defensivo e outro mais versátil ao seu lado, preferencialmente que tenha capacidade para fazer passes longos. O que deixa espaço para três atacantes, dois extremos e um ponta-de-lança. O figurino tático muda consoante o jogo. Quando os opositores têm a bola e atacam, Pinto gosta que os seus médios fiquem mais recuados para fazerem a primeira linha de defesa, com os cinco do setor mais recuado nas costas. Quando os «Los Ticos» atacam a linha de cinco fica apenas com três e a tática é revertida para 3x4x3 ou 4x3x3 se apenas um lateral atacar, que é uma das estratégias muitas vezes usada por Pinto. Com Bryan Oviedo (Everton) de fora devido a uma perna partida, o selecionador tem de encontrar uma alternativa para lateral-esquerdo. No primeiro jogo do Mundial, com o Uruguai, a Costa Rica deverá alinhar com o guarda-redes Keylor Navas (Levante), os três defesas-centrais serão Michael Umaña (Saprissa) Geancarlo González (Columbus Crew) e Roy Miller (New York Red Bulls). Cristian Gamboa (Rosenborg) será o lateral-direito e o jovem Waylon Francis (Columbus Crew) deverá ocupar a vaga de Oviedo. No meio-campo Yeltsin Tejeda (Saprissa) é a primeira opção para médio mais defensivo e Celso Borges (AIK, Suécia) será o mais avançado dos dois. Os extremos serão Bryan Ruiz (Fulham, mas que esteve metade da época emprestado ao PSV Eindhoven) e Christian Bolaños (Copenhaga). A ponta-de-lança o jovem talento do Arsenal Joel Campbell, que foi emprestado ao Olympiakos na última época. Para Pinto não existe nada mais importante do que disciplina tática. Para além do talento e da habilidade para fazer a diferença, para o treinador da Costa Rica é essencial que os jogadores cumpram o que lhes é solicitado. Quem não o fizer sai da equipa. Talvez por isso muitos consideram que se trata de um selecionador duro, com tendência para limitar as ações dos jogadores. Mas a verdade é que a fórmula serviu para garantir a qualificação e num grupo com a Itália, Inglaterra e Uruguai o pragmatismo é algo que a Costa Rica terá mesmo de ter se pretende passar à fase seguinte. Que jogador vai surpreender neste Mundial? Os nomes mais sonantes da Costa Rica são Bryan Ruiz, Keylor Navas, Joel Campbell e Álvaro Saborio, mas há um jogador menos conhecido que tem ganho um espaço importante entre «Los Ticos»: o lateral-direito Cristian Gamboa. O jogador de 24 anos que atua no Rosenborg da Noruega surgiu no final da primeira fase de qualificação e afirmou-se como um dos pilares da equipa nos últimos jogos da caminhada para o Brasil. Gamboa jogou 1742 minutos na qualificação e marcou um golo. É o jogador mais rápido da equipa e é a combinação da velocidade e força que impede a penetração por parte dos adversários pelo seu flanco. Ultrapassá-lo no um contra um não é fácil. Que jogador vai dececionar no Brasil? As maior expetativas assentam no capitão Bryan Ruiz, mas o jogador do Fulham pode desiludir. É provável que o Uruguai, a Inglaterra e a Itália não lhe dêem espaço, fazendo-lhe marcação cerrada, o que tem tudo para limitar a grande referência da Costa Rica. Qual é a expetativa real para a seleção no Mundial? O objetivo é ultrapassar a primeira fase, tentando igualar o feito alcançado no Italia 90. Em 2002 e 2006 os resultados foram maus e na Alemanha a equipa da América Central nem sequer conseguiu pontuar, o que foi uma grande desilusão para o país. O treinador Jorge Luis Pinto tem a certeza que a Costa Rica será a surpresa no Brasil e considera que a sua equipa poderá qualificar-se ao lado da Itália. Curiosidades e segredos da seleção Celso BorgesA Costa Rica disputará o seu quarto campeonato do mundo desde a estreia no Itália 90 e sempre com o nome Borges a acompanhá-la. O pai de Celso, Alexandre Borges Guimarães, nascido no Brasil mas com nacionalidade costariquenha, foi um dos jogadores que surpreendeu o mundo do futebol ao alcançar a fase de grupos a expensas da Escócia e Suécia para depois ser eliminado pela Checoslováquia nos oitavos-de-final. Depois de pendurar as botas «Guima», como era conhecido, foi o treinador da Costa Rica quando se qualificou para o Mundial da Coreia e do Japão em 2002 e da Alemanha em 2006. Agora é a vez do seu filho continuar o legado familiar no Brasil 2014. Álvaro SaboríoMelhor marcador da seleção na atualidade com 32 jogos em 93 internacionalizações, o jogador de 32 anos nasceu em La Cruz, um dos bairros mais perigosos de San Carlos, uma zona rural no norte do país. Foi criado pela mãe Marleny e foi nas ruas que começou a jogar. O seu pai, Álvaro McDonald, também é um ex-jogador de futebol, mas não reconheceu a paternidade até à idade adulta e num momento em que o filho passou a jogar no Deportivo Saprissa, um dos principais na Costa Rica. Randall BrenesPoucas pessoas sabem a razão da forte ligação do avançado Randall Brenes ao seu clube, o Cartaginés. «El Chiqui», como é conhecido, jogou sempre na equipa da província de Cartago. Filho da mesma terra, nasceu no seio de uma família pobre do bairro de Pitaya, e foi neste contexto que entrou para as escolas de formação do clube. Viu-se forçado a trabalhar numa loja de fotocópias para ter dinheiro para o autocarro que o levava aos treinos. Anos depois, quando já era um dos mais entusiasmantes avançados da Costa Rica, recebeu propostas do Alajuelense e do Saprissa, mas rejeitou sempre, preferindo manter a ligação ao seu clube. Heiner Mora«Sim, pensei matar-me. Eu sei que poucas pessoas o admitem, mas é verdade que pensei nisso», disse em maio de 2013, partilhando o que sentiu quando jogada no Honefoss da Noruega. Triste e cansado por estar longe dos seus filhos, começou a ter pensamentos suicidas, mas acabou por decidir regressar à Costa Rica. Ainda a disputar na FIFA um problema legal devido à saída da Noruega, Mora sagrou-se campeão nacional pelo Saprissa e está muito mais feliz agora, ainda por cima quando foi escolhido para estar no Mundial do Brasil. Jorge Luis PintoFoi o primeiro treinador a conseguir fazer toda a fase de qualificação da Costa Rica para o Mundial. E o apuramento foi conseguido na terceira tentativa, dado que em 2004 foi despedido no fim da qualificação da Costa Rica e em 2007 foi despedido da Colômbia a meio do trajeto. Agora, Pinto conseguiu alcançar finalmente «o sonho de uma vida». Perfil de uma figura da seleção: Joel Campbell
A maior virtude de Campbell é a forte mentalidade. Filho de uma família de futebol, a bola foi sempre parte fundamental do ADN e como valores fundamentais estiveram presentes a disciplina e a dedicação. Com três irmãos, a família é o segundo pilar na sua vida; o primeiro é Deus. Na aventura europeia recebeu apoio da namorada, Maria Fernanda Cascante, que o acompanhou nos clubes a que foi emprestado (Lorient, Bétis e Olympiakos). Segundo revelou a mãe, Roxana Samuels, o filho lê antes de cada jogo o salmo 27, que serve de motivação. Os treinadores consideram-no um avançado rápido com grande capacidade para enfrentar o adversário, para além de possuir boas capacidades de drible e finalização. Contratado aos 19 anos pelo Arsenal, nunca conseguiu vingar na equipa de Arsène Wenger. Depois de uma época no Lorient, aproveitou a temporada no Bétis para colmatar algumas falhas, nomeadamente ao nível das tarefas defensivas. Aos 21 anos continua sem saber se vai ter espaço no plantel do Arsenal, ainda para mais quando surgem rumores que Wenger pretende contratar dois nomes de peso para o ataque, mas poderá aproveitar a oportunidade no Mundial para vir a forçar a saída do Estádio Emirates a partir de agosto.

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