Sócrates não se intimida com «fitas da CGTP»
Primeiro-ministro reage a mais um coro de protestos, agora no Porto
O primeiro-ministro, José Sócrates, assegurou que não se deixa intimidar pelas manifestações organizadas pela CGTP, que reduziu a «fitas para as televisões filmarem», informa a agência Lusa.
«A CGTP acha que me intimida colocando manifestantes a gritar insultos, mas comigo isso não resulta, não me deixo intimidar com este tipo de actuações», afirmou Sócrates, em declarações aos jornalistas no Porto, depois de ter presidido à criação do Instituto de Inovação e Investigação de Saúde.
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Sócrates rejeita «lições de esquerda»
Recorde-se que o líder do governo foi recebido à entrada da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte por certa de meia centena de manifestantes, que o apuraram e vaiaram. «Não me deixo intimidar, nem me desvio do meu caminho com estas manifestações e insultos», frisou, salientando ainda que estas iniciativas da CGTP «são actuações a que o país já se habituou. Há 30 anos que faz as mesmas fitas, apenas para as televisões filmarem».
Instituto ambicioso
Estas declarações foram proferidas no Porto, onde José Sócrates elogiou a «ambição» que presidiu à criação do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S).
«O I3S resulta da junção de três das mais prestigiadas instituições científicas portuguesas, com a ambição de formar uma entidade que sirva melhor o país e esteja ao serviço dos portugueses», afirmou Sócrates, na cerimónia de assinatura do consórcio que cria a nova instituição de investigação.
O I3S resulta da união de esforços entre o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, o Instituto de Biologia Molecular e Celular e Instituto de Engenharia Biomédica.
Na intervenção que proferiu na cerimónia, realizada no auditório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Sócrates recordou o «grande esforço» que o governo tem vindo a fazer no apoio à investigação científica, recordando que as verbas do Orçamento de Estado para este ano representam «pela primeira vez» um por cento do Produto Interno Bruto.
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