Pessimismo dos portugueses em máximos desde 1986
Todas as componentes penalizaram, com a excepção das expectativas de poupança que recuperaram ligeiramente
As expectativas sobre a evolução da situação económica do país e as perspectivas da situação financeira das famílias portuguesas registaram mínimos históricos em Julho. A conclusão é do Instituto Nacional de Estatística (INE).
«O indicador de confiança dos Consumidores prolongou a tendência descendente em Julho, registando o mínimo histórico para série iniciada em Junho de 1986. A evolução negativa do indicador de confiança dos consumidores observada em Julho resultou do andamento negativo de todas as componentes com a excepção das expectativas de poupança que recuperaram ligeiramente», justificam.
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As perspectivas sobre a evolução do desemprego prolongaram a tendência ascendente iniciada em Março de 2007.
Relativamente às grandes despesas do agregado familiar, as perspectivas de compra de carro e de casa e de realização de grandes gastos com melhoramentos na habitação deterioraram-se em Julho, registando mínimos históricos para as respectivas séries iniciadas em Janeiro de 1990.
O indicador de clima económico manteve assim a evolução negativa observada no mês anterior.
Por sectores, a indústria transformadora, o indicador de confiança diminuiu nos últimos cinco meses, registando o mínimo desde Junho de 2006.
Na construção e obras públicas, a confiança reforçou em julho o movimento descendente do mês anterior.
No comércio, o indicador apresentou um movimento descendente nos últimos quatro meses, registando o mínimo desde Novembro de 2005.
Já nos serviços, o indicador de confiança diminuiu nos dois últimos meses, contrariando a tendência ascendente anterior e registando o valor mais baixo desde Fevereiro de 2007.
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