Consultoras internacionais contra reforço da blindagem do BCP
As grandes consultoras internacionais são contra a proposta que prevê um reforço da blindagem de estatutos do BCP dos 66,6% para os 75% e que vai hoje ser votada em Assembleia-geral de accionistas do banco.
Tanto a Institutional Shareholders Services (ISS) como a Glass Lewis recomendam a oposição à proposta com base no princípio que a blindagem de estatutos destrói valor para os accionistas. Quanto mais blindados estiverem os estatutos, menos interessante e atractiva será a empresa para os investidores.
Esta menor atractividade acabará por se reflectir numa menor liquidez do título.
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As duas instituições costumam fazer recomendações de voto para investidores institucionais relativamente a propostas levadas às Assembleias-gerais. Em Portugal, já tinham recomendado aos accionistas da PT que votassem a favor da desblindagem de estatutos, aquando da OPA da Sonaecom.
Tanto a Glass Lewis como a ISS não apontam críticas à maioria dos portos propostos, recomendando apenas o voto contra o reforço da blindagem.
A ISS diz acreditar «que a exigência de uma maioria qualificada viola o princípio de que uma maioria simples é suficiente para aprovar alterações aos estatutos» e considera que «requerer mais do que uma maioria qualificada pode permitir à administração perpetuar-se, bloqueando propostas que vão de encontro aos interesse dos accionistas».