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Rio 2016  |  

Filipe Lima: «Em 2014 estive paralisado e hoje estou nos Jogos»

Reportagem-Maisfutebol: golfista superou grave problema de saúde e chega em grande forma ao Rio de Janeiro. O sangue portista fervilha nestas veias

* Enviado-especial do Maisfutebol aos Jogos Olímpicos Siga o autor no Twitter

Uma vida de emigrante. Nasceu em Versalhes, perto de Paris, o pai é de Grimancelos (Barcelos), o coração e o sangue pulsam por Portugal. A história do divertido Filipe Lima, golfista, é no mínimo rara. Portista da cabeça aos pés, «muito portista», Filipe não escolheu o golfe para a sua vida. Foi escolhido. Quis o destino que o pai emigrasse para França e começasse a trabalhar há quase 60 anos num campo onde se jogava a modalidade. «Nasci a 50 metros de lá e ainda vivo na zona. Aos três anos já batia umas bolas, mas durante algum tempo joguei futebol e golfe. Aos 12 anos, o meu pai obrigou-me a escolher. Lá se foi o futebol», conta o atleta de 34 anos, após a boa estreia olímpica: 17º entre 60 competidores. Filipe não se arrepende, de resto, da opção tomada. «Se tivesse ido para o futebol, a esta altura já estava reformado. Com o golfe tenho mais 20 anos de carreira pela frente», lembra, visivelmente empolgado com os bons resultados do primeiro dia. Tem boas razões para isso, para se sentir livre e motivado. Há dois anos, e por causa de uma complicada hérnia discal, Filipe Lima perdeu a sensibilidade no lado esquerdo do corpo. «Fui operado em setembro desse ano, estava completamente paralisado. O disco partiu, o nervo ciático ficou pressionado… foram dois anos de sofrimento», conta, ainda no Centro Olímpico de Golfe, Barra da Tijuca. Filipe tentou fugir á cirurgia, recebeu «um tratamento excelente» no departamento médico do FC Porto e durante um ano andou longe dos hospitais. Até recair e entregar-se à anestesia.   Dois anos depois, aí está ele. A lutar por medalhas olímpicas e orgulhoso do sangue português, apesar do berço gaulês. «A federação francesa ajudou-me bastante. Entretanto, o meu pai voltou a viver em Grimancelos, Barcelos, e fiquei sozinho em França. O sangue mexeu comigo e optei por representar Portugal a partir de 2005», recorda. Portugal, França, Euro2016 claro. Filipe e a esposa gritaram como loucos no golo de Éder. «No Euro2016 não tive dúvidas. No início, sim, mas na final não hesitei. Eu e a minha mulher até nos ajoelhamos com o golo do Éder». Da paralisia parcial aos anéis olímpicos. Filipe Lima só pode ser um homem feliz. 

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