Rui Vitória e o futuro: «No futebol nunca se sabe»

Rui Vitória confirmou que o seu contrato tem uma cláusula de rescisão e, embora garanta que quer continuar no V. Guimarães, admite que «a qualquer momento as coisas podem acontecer». A resposta do treinador surgiu na antevisão do jogo com o Olhanense, quando lhe perguntaram se pode garantir que continuará em Guimarães na próxima temporada: «No futebol nunca se sabe, mas conto continuar, gosto muito de aqui estar, estou cada vez mais envolvido, mas a qualquer momento as coisas podem acontecer. Sim, o meu contrato tem uma cláusula de rescisão.» O treinador comentou de resto a boa época do V. Guimarães, num contexto muito difícil no clube. O Vitória está na final da Taça de Portugal, garantindo desde logo a presença nas competições europeias, e é nono na Liga, a dois pontos do quinto lugar. Mas evitou colocar-se entre os treinadores de topo no país: «Se estou no top 5? Não vejo as coisas por aí porque, tal como eu e a minha equipa técnica, há outras que, por vezes, só precisam se oportunidades. O que quero realçar é que tem sido feito um trabalho exemplar e muitas vezes só se analisam os resultados. Eu gosto de fazer uma relação entre o investimento e o rendimento e quando fazemos essa análise ao Vitória então só podemos ficar satisfeitos e reconhecer o trabalho que tem sido feito. Eu preocupo-me é em defender o Vitória com unhas e dentes.» Quanto ao que falta da época, garante que daqui para a frente a abordagem da equipa não vai mudar. «Não vai haver mudança nenhuma na abordagem à competição, sempre nos preocupamos com o jogo seguinte, com o curto prazo, e assim vamos continuar com a ambição de ganhar o jogo que está pela frente», diz, esperando em Olhão, na segunda-feira, um «jogo difícil, perante uma equipa que precisa de vencer». Por fim, o treinador abordou a situação da equipa B, que tem fornecido muitos jogadores à equipa principal e é nesta altura última na II Liga: «As coisas têm de ser feitas em sintonia, sempre com a preocupação de perceber que a equipa principal é a mola do Clube. Temos procurado definir como se vão trabalhar as duas equipas e parece-me que ainda há tempo das coisas melhorarem na equipa B. As decisões desta gestão não surgem do Rui Vitória mas de toda a estrutura.»