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Rui  |  

Egoísmo selvático no Benfica

Saiu porque não se sentia bem na Luz

Redação

Em 94/95, Rui Esteves teve uma passagem de três meses pelo Benfica de Artur Jorge, que aliás considera o melhor treinador com quem trabalhou. 

O tempo foi pouco, mas suficiente para ficar a detestar o ambiente existente no balneário, que acabou por se constituir na razão directa da sua saída. 

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«Não gostava do ambiente das cabinas do Benfica!», exclama Rui Esteves, disparando em seguida: «Sou muito aberto, gosto muito de conviver com toda a gente e ali sentia-me preso. Quando cheguei o mar já estava muito agitado e foi muito difícil encarar aquele espírito de egoísmo selvático, em que cada um queria ser melhor que o outro e nunca se pensava em termos colectivos.» 

Apesar de só ter sido utilizado por Artur Jorge em dois jogos, sentia que o treinador gostava dele: «Nunca mais me esqueço do dia em que fui ao gabinete dele dizer-lhe que queria ir embora. Virou-se para mim e perguntou-me se eu estava bem, se se passava alguma coisa comigo. Respondi-lhe que não gostava de estar no Benfica.» 

No dia que se despediu, Rui Esteves foi chamado ao gabinete de Artur Jorge. Quando lá chegou, estavam também os dirigentes Gaspar Ramos e Abílio Rodrigues, numa derradeira tentativa de o demover: «Tinham um contrato de três anos com o montante em branco. Disseram-me para colocar a quantia que quisesse. Respondi-lhes que não queria dinheiro e que queria sair do Benfica porque não me sentia lá bem.» Artur Jorge assistiu a tudo calado. 

Passados uns tempos, encontrou casualmente num hotel o treinador, que se encontrava ao serviço da selecção. Conta o jogador que Artur Jorge lhe disse simplesmente: «Rui, tinhas razão quando quiseste sair.»

J.H.

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