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Benfica quer segurar joias mas Europa pode condicionar

Domingos Soares de Oliveira, administrador da SAD do Benfica, congratula-se pelos resultados financeiros de 2017/18. Diz que cenário de eventual fracasso no apuramento para a Liga dos Campeões não está ainda em equação, mas admite que essa realidade poderia alterar o projeto atual

A SAD do Benfica fechou o exercício da época 2017/18 com mais de 20 milhões de euros de lucro, o segundo melhor resultado da história da sociedade encarnada.

Em declarações aos jornalistas à margem da Assembleia Geral da SAD do Benfica, Domingos Soares de Oliveira fez uma espécie de balanço da temporada anterior. «Temos uma tendência positiva e positiva também do ponto de vista de redução do passivo e da reconstrução dos capitais próprios. Estamos francamente satisfeitos com o resultado alcançado», afirmou.

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Em 2017/18, época na qual a equipa de futebol sénior ficou muito aquém do expectável na componente desportiva, a SAD das águias registou, ainda assim, o 3.º maior ano de receitas. Relativamente ao período homólogo anterior, verificou-se uma quebra nos rendimentos operacionais (vendas de jogadores não incluídas) na ordem dos 5,2 por cento: de 128,2 milhões para 121,5 milhões de euros, registo justificado essencialmente pela quebra nos prémios da UEFA num ano que os encarnados fecharam a fase de grupos da Liga dos Campeões com seis derrotas em seis jogos.

Paralelamente a isso, os valores arrecadados pelas vendas de atletas também caíram substancialmente, o que explica a quebra de receitas globais da SAD de 253 milhões de euros (2016/17) para €206M (17/18).

Domingos Soares de Oliveira considerou que a época transata marcou uma mudança de paradigma. «Do ponto de da estratégia que foi seguida em termos de alienação de jogadores, este foi claramente o primeiro ano em que pudemos ter uma estratégia mais conservadora.»

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Conservador no significado benéfico da palavra. «Entendemos que era preciso reforçar o plantel e o reforço do plantel não vem apenas pela via das aquisições, mas também pela da manutenção dos principais ativos. O facto de ter seguido essa estratégia não nos impediu de ter resultados muito interessantes e por isso é uma estratégia que vai ser seguida: manutenção, sempre que possível dos jogadores mais valiosos e dos que possam dar o melhor contributo no relvado», destacou.

Reiterando que o Benfica está hoje menos dependente de encaixes financeiros provenientes de vendas de jogadores para o equilíbrio das contas, o administrador da SAD encarnada admitiu, porém, que a realidade pode ser alterada pela performance desportiva da equipa, sobretudo na Liga dos Campeões.

Recorde-se que em 2018/19 os encarnados arrecadaram mais de 40 milhões de euros pelo acesso à fase de grupos da competição, sendo que nesta altura a equipa de Rui Vitória já está eliminada da prova e segue no 4.º lugar do campeonato.

Um eventual não apuramento para a Liga dos Campeões forçaria uma inversão da política de retenção de jogadores? «Respondendo tecnicamente à questão, se não estivéssemos na Champions no próximo ano, naturalmente que isso obrigaria a ir buscar essa receita a algum lado ou então a diminuir os gastos que temos. Teria impacto e a variável mais fácil de mexer é a dos jogadores», reconheceu Soares de Oliveira, frisando no entanto que este é um cenário que ainda não está em equação nesta fase da temporada.

Aviso dado e duas garantias no caso de sucesso desportivo: que o plano passa por continuar a investir na equipa e que vendas futuras dependem do surgimento de oportunidades excecionais de negócios ou do menor interesse na continuidade de um determinado jogador.

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