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Portugal-Arménia, 1-0 (crónica)

Um «pau» chamado Quaresma

«Nem que seja com um pau», disse Fernando Santos na véspera como se estivesse a adivinhar. Ora bem, o pau chama-se Ricardo Quaresma que foi determinante para quebrar a resistência da Arménia, aos 70 minutos, logo depois de ter entrado em campo. Portugal sentiu muitas dificuldades para ganhar velocidade ao longo do jogo, mas acabou por conseguir o essencial, somando a segunda vitória consecutiva e mantendo a pressão sobre a Dinamarca que, com um jogo a mais, comanda o grupo na corrida para França.

Confira a FICHA DO JOGO

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Começamos pelo onze que foi alvo de muita especulação ao longo da semana. A experiência terá sido o primeiro critério de Fernando Santos na formulação da equipa inicial para atacar a Arménia ao apostar em Bosingwa para o lado direito da defesa e em Hélder Postiga para a frente de ataque. No lado esquerdo da defesa, o selecionador estava obrigado a inovar e apostou em Raphael Guerreiro que, podemos desde já adiantar, correspondeu com uma exibição categorizada. Como já se tinha percebido, Tiago jogou mesmo a seis, à frente da defesa, com Moutinho e Danny mais soltos no apoio ao tridente da frente.

Portugal assumiu desde logo as rédeas do jogo, como lhe competia, e os primeiros instantes até foram promissores, com a seleção a instalar-se no meio-campo da Arménia e a colocar muita gente na área. Danny ensaiou o primeiro remate logo a abrir o jogo, depois de uma boa iniciativa do lateral do Lorient, mas, com o passar dos minutos, começou a ficar clara a estratégia da Arménia. Cedia muito espaço e concentrava-se no último terço do terreno, retirando espaço para a seleção imprimir velocidade ao jogo. Portugal explorava bem os flancos, com Bosingwa e Nani sobre a direita, Raphael e Ronaldo no lado contrário, mas depois havia demasiada gente na área para um remate limpo.

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Podia ser uma questão de tempo, a muralha havia de cair, mas, aos 14 minutos, Mkhitaryan [que jogador], a maior estrela da Arménia, mostrou que a Arménia não veio ao Algarve para ser o bombo da festa e obrigou Ricardo Carvalho a ver um amarelo para evitar o pior. Na sequência do livre, o jogador do Dortmund obrigou Rui Patrício a entrar o jogo, depois de furar a barreira portuguesa. Portugal voltava à carga, mas era sempre obrigado a travar quando chegava junto da área. A Arménia, com três centrais fixos, mais dois laterais e ainda uma linha de quatro jogadores, cortava todas as linhas de passe. Não havia espaços para provocar desequilíbrios e a Arménia voltava a assustar com mais um remate de Mkhitaryan às malhas laterais.

Os minutos iam correndo sob um silêncio estranho nas bancadas que permitia aos adeptos da Arménia fazerem-se ouvir e vibrar com mais um remate, desta vez de Ghazaryan. Depois de mais este ataque, Portugal teve pela primeira vez espaço para evoluir em velocidade, mas Ronaldo falhou um passe e o lance morreu. Foi, aliás, uma noite pouco inspirada do capitão de Portugal que nem de bola parada conseguiu brilhar (três livres contra a barreira).

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Quaresma decisivo

O intervalo chegava a pedir mudanças, mas Fernando Santo ainda esperou mais alguns minutos, antes de trocar Postiga por Éder. Portugal ganhou alguns centímetros na área e, parecendo que não, a diferença notou-se logo a seguir, como avançado do Sp. Braga a ganhar bolas nas alturas. A pressão portuguesa era agora mais intensa e a defesa da Arménia começava a dar sinais que podia quebrar. Danny cabeceou à barra, servido por Moutinho, e, logo a seguir, grande penalidade por marcar quando Haroyan tirou uma bola da cabeça de Éder com a mão.

Mas ainda faltava qualquer coisa e o público [afinal estavam lá] vibrou quando percebeu que era Ricardo Quaresma que ia entrar. Logo a seguir, golo, com o «mustang» na jogada. O número vinte entrou na área em velocidade [é dos poucos que precisa de pouco espaço para acelerar], atirou à figura de Berezovskiy, Nani recuperou e Ronaldo atirou a contar. Mais um recorde para o jogador do Real Madrid que passa a ser o jogador com mais golos nos Campeonatos da Europa, contando com as fases de qualificação.

O mais difícil estava feito. Finalmente, deixava-se de ouvir «Arménia» e passava-se a ouvir «Portugal» nas bancadas. Ainda havia vinte minutos para se jogar, mas agora já não havia necessidade de entrar em desespero e a Arménia tinha de abrir jogo. Até ao final, Portugal podia ter voltado a marcar, com destaque para duas oportunidades flagrantes que Éder não conseguiu transformar em golo, uma delas devolvida pelo ferro.

Portugal garantiu, assim, a segunda vitória consecutiva, e a possibilidade de depender de si próprio para chegar ao primeiro lugar do grupo.  

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