Sp. Braga-Rio Ave, 0-1 (crónica)
Vilacondenses acentuam crise que se vive na pedreira
Quanto ao Rio Ave, fez aquilo que bem sabe. Homens do mar, aproveitaram o sabor das ondas, deixaram-se andar à sua mercê, e quando a maré levou a bom porto lançaram as redes. Que é como quem diz, aproveitaram o reboliço da pedreira, venceram e ultrapassaram os minhotos na classificação.
Vida difícil para Jesualdo Ferreira, que continua a autêntica roda-viva no seu plantel. Décimo segundo jogo oficial da época e igualmente décimo segundo onze diferente. Quatro alterações na equipa inicial comparativamente com a recepção à Académica, todas elas por opção técnica.
Domínio sem ideias dos arsenalistas
Sensação antagónica para o Sp. Braga no segundo jogo consecutivo no Municipal de Braga. O frio da pedreira não arrefeceu o ânimo dos guerreiros, que continuam a jogar sobre brasas. A prisão de movimentos e o medo de arriscar são mais do que evidentes nas movimentações ofensivas, enquanto que a defesa não consegue esconder a tremedeira.
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Mesmo perante um Rio Ave muito tímido, com pouca criatividade para emprestar a este jogo frio da pedreira e sem grandes pretensões ofensivas. A equipa de Nuno Espírito Santo apresentou-se organizada, mas só isso.
Foi o suficiente para uma vez mais bloquear este Sp. Braga que via repetir-se a papel químico o jogo de há menos de uma semana com a Académica. O domínio era inequivocamente da equipa da casa. Não há dúvidas quanto a isso, mas é um domínio pautado pelo medo e pela insegurança. Só faltava mesmo o golo forasteiro para a história se repetir exatamente nos mesmos moldes.
Tarantini resolveu à bomba
Tarantini apontou no decorrer do segundo tempo o golo do Rio Ave. O centro-campista da equipa dos arcos puxou do gatilho e atirou com força e precisão para o fundo das redes, acentuando a crise da pedreira. Mais três pontos para o Rio Ave a jogar fora de portas, já soma dez nessa condição, e o precipitar da revolução em Braga.
Bancadas de pé quase que unanimemente acenando com lenços brancos. António Salvador nunca havia atravessado semelhante crise de resultados no comando técnico do Sp. Braga, e também para ele a situação é nova. Monumental assobiadela no final dos noventa minutos.
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A equipa minhota cai para o nono lugar da classificação, vai na quarta derrota consecutiva e na próxima jornada desloca-se ao terreno do Benfica. O Rio Ave ganha um bom embalo para definitivamente se dar bem a jogar no seu terreno. Tem dois jogos em Vila do Conde nas próximas duas jornadas e tranquilidade inverter os maus resultados caseiros.