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Sub-17, 2003: «Márcio, se eu fosse para o Milan ias comigo»

Reportagem-Maisfutebol: uma década desde o último troféu de uma Seleção Nacional

18 heróis. Todos iguais em 2003, separados por dados incontroláveis em 2013. Dos campeões europeus em Viseu, apenas quatro não tiveram uma oportunidade no principal escalão. Entre eles, o rapaz que decidiu a final contra a Espanha.

Márcio Sousa joga no Tondela, tem 27 anos e está no «apogeu» das suas faculdades. Há poucos meses cruzou-se com António Violante. O treinador, mal o viu, atirou-lhe de rompante: «sabes qual foi o teu azar? Eu não ter ido para o Milan. Se tivesse ido, ias comigo».

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«Tenho saudades dele e dos meus colegas. Pode ser que este seja o verão em que tudo muda na minha carreira», refere Márcio Sousa, ao Maisfutebol. «Só espero por uma oportunidade, que se lembrem de mim. Estou preparado, sou melhor pessoa e jogador».

António Violante não sabe como Márcio se afastou do grupo dos melhores. Acompanhou-o até aos sub-19, encaminhou-o para o futebol profissional, até ver nos jornais que o Maradona das Antas se perdia em empréstimos atrás de empréstimos.

«Esteve no Porto B, o Mourinho chamou-o aos seniores e depois teve más experiências consecutivas noutro clube. Ele próprio já reconheceu os erros que cometeu. Teve tudo a ver com o comportamento, pois a qualidade está toda lá», garante o treinador.

Márcio concorda. «Foi tudo por culpa própria, por algum deslumbramento, por não ter ninguém que me ajudasse na altura. Ainda vou a tempo de chegar onde quero».

O cerebral esquerdino será o exemplo mais mediático, mas há mais três nomes desta seleção que se perderam no labirinto competitivo e mediático. Tiago Costa joga no Santa Maria (III Divisão) e analisa com «nostalgia» este grupo de campeões.

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«Era do Márcio Sousa que esperava mais. Dele e do Vieirinha, um jogador tremendo, de muita classe. Vamos ver se ainda consigo reencontrar os melhores», diz o defesa.

Paulo Ricardo, defesa central, jogava no V. Guimarães e está no Vilaverdense. «Foi a maior vitória da minha carreira. Depois fui emprestado a Sanjoanense, Famalicão, Vianense e comecei a afastar-me de onde queria estar. Tive convites de Inglaterra e Irão, mas não se concretizaram».

O defesa assume «tristeza» por não estar num patamar mais elevado. As memórias, no entanto, ninguém lhas rouba. «Grande família, grande grupo. O Paulo Machado era o mais maluco, de longe. Um maluco porreiro».

Falta Pedro Freitas, na altura o guarda-redes suplente de Mário Felgueiras. Jogava também no Vitória e está atualmente no AD Fafe, da II Divisão. Atende-nos o telefone, agradece-nos o contato e deixa sair escassas palavras. «A beleza do futebol é isto. Os laços criados entre todos nós. Tenho 26 anos e muitos anos pela frente. Estou a jogar no Fafe e é bom que não se esqueçam de mim».

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