Taça de Portugal: «Sporting ganha nove em cada dez jogos contra nós», diz treinador do Vizela

O Vizela, formação nortenha que subiu esta época à Liga de Honra, depois de uma campanha imparável na Zona Norte da II Divisão B, prepara-se para dar um passo numa caminhada feliz na Taça de Portugal, esperando derrubar o Sporting em pleno Estádio Alvalade XXI. O técnico Carlos Garcia acredita que «o Sporting ganha nove em cada dez jogos contra o Vizela, mas o jogo de quarta-feira pode ser a tal excepção à regra». A «estabilidade» é um dos segredos deste Vizela de Carlos Garcia, em tudo semelhante à equipa que subiu à Liga de Honra. O plantel conta com 16 jogadores que transitaram da temporada passada e apenas entraram sete jogadores, três deles com presença regular no onze: o guarda-redes Márcio Ramos, o médio Hélder Sousa e o avançado Bock. «Essa é uma das nossas vantagens, em relação ao Sporting, e uma regra que sempre segui ao longo da carreira. Nunca fiz uma contratação em Janeiro, com excepção das situações em que tive de substituir um jogador que saiu, como aconteceu na Académica, quando o João Tomás foi para o Benfica». Carlos Garcia observou a equipa de Paulo Bento no encontro com o Sp. Braga, no sábado (3-2), mas evitou alongar-se em comentários sobre o adversário: «Transmiti o que vi aos meus jogadores, mas não queria estar a fazê-lo em público, nem entrar em comparações entre José Peseiro e Paulo Bento. É uma equipa forte, que tem todo o favoritismo, até por jogar em casa, mas é legítimo que o Vizela pense em discutir o resultado. Temos uma estrutura solidificada e a tal estabilidade de que falei permite que os jogadores estejam identificados com os princípios de jogo, com as variações tácticas, etc.», afirmou. O treinador reconhece que a possibilidade de defrontar o Sporting constitui um «estímulo para os jogadores do Vizela, um factor de motivação-extra». «É um jogo em que poderão dar um pouco mais, querer mostrar-se, mas sem entrar em deslumbramentos. A haver deslumbramento, seria dos jogadores do Sporting, por estarem a defrontar uma equipa de um escalão inferior...», concluiu, em jeito de aviso, Carlos Garcia.