TP: Marítimo-Nacional, 1-1, 5-6 nas g.p. (crónica)
Com tanto equilíbrio só mesmo na «lotaria»
O Nacional está nas meias-finais da Taça de Portugal depois de ter conseguido vencer o rival Marítimo nas grandes penalidades depois de um jogo equilibrado e que só conseguiu ficar decidido na «lotaria».
Seis mil pessoas compareceram ao jogo mais apetecido da Madeira, o sempre emocionante dérbi entre os rivais de sempre, Marítimo e Nacional. Só uma teria direito a passar em frente na Taça de Portugal para medir forças com o Sporting nas meias-finais da prova.
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Com o estádio dos Barreiros a apresentar a maior casa dos últimos anos (topo Sul do recinto esteve já parcialmente operacional), o Marítimo marcou o primeiro golo aos 19 minutos na sequência de uma grande penalidade. Aly Ghazal tocou com a mão na bola dentro de área e Hugo Miguel não hesitou. Na conversão do castigo máximo, Bruno Gallo rematou com classe, fazendo o 1-0.
O Nacional, que apresentava os reforços Christian e Luís Aurélio no onze e um novo sistema tático (4x4x2), tardava em conseguir criar verdadeiro perigo junto da baliza de Salin apesar de conseguir chegar com alguma facilidade com a bola jogável ao último terço do terreno onde encontrava muitas das vezes uma defesa verde-rubra atenta e pressionante.
Perto do intervalo, os alvi-negros melhoraram e conseguiram então chegar com perigo à área contrária, mas Christian falhou o alvo por muito pouco, num remate à entrada da área. Pouco depois foi a vez de Marco Matias obrigar Salin a sair com muita atenção dos postes.
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A segunda parte começou com o golo do Nacional. Um golo que surgiu na sequência de uma grande penalidade cometida por Bauer sobre o recém entrado Lucas João. Na conversão, Marco Matias atirou a contar.
O Marítimo acusou o golo e se na primeira parte já tinha demonstrado alguns problemas no meio-campo, na segunda as carências acentuaram-se, principalmente na construção de jogo. O Nacional conseguia ganhar mais lances nessa zona do terreno, embora também tivesse dificuldades em rematar com perigo à baliza de Salin, já os verde-rubros só conseguiam desequilibrar nos lances de bola parada.
Por fim, o Nacional teve uma oportunidade soberana para se colocar na frente do marcador, aos 79, quando Christian, num livre, mandou a bola à barra, num lance em que Salin ainda tocou na bola.
No prolongamento, aos 9 minutos, deu-se um dos melhores momentos do jogo, com um remate em arco de Fransérgio espetacular, que foi superiormente defendido por Gottardi.
Na segunda parte do prolongamento foi a vez do Nacional estar perto do golo numa grande jogada de Willyan pela esquerda e que terminou com um remate de Mário Rondon à queima dentro de área, mas Salin fez uma defesa impressionante.
Já nos últimos minutos de jogo, o Nacional voltou a estar perto do golo num remate de longe do estreante Tiago Rodrigues que embateu na barra. Face ao grande equilíbrio demonstrado em campo, foi preciso recorrer às grandes penalidades para determinar o vencedor.
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