Taça dos Libertadores: Flamengo recusa-se a jogar mais a altitudes elevadas
Jogo na Bolívia revolta dirigentes de clube brasileiro
Os dirigentes do Flamengo estão revoltados com as condições sob as quais o clube disputou a 5ª jornada da fase de grupos da Taça dos Libertadores da América. Depois da partida frente ao Real Potosi, jogada a 4000 metros na Bolívia, o clube fez saber que se recusa a jogar novamente a altitudes semelhantes. Foram várias as vezes que os jogadores da equipa brasileira foram obrigados a deslocar-se à linha lateral, para receber oxigénio, durante a partida que terminou empatada a duas bolas. Os responsáveis do Flamengo acrescentaram que jogar a esta altura é uma forma de doping. «Um campo de futebol a uma altitude não recomendada pelos especialistas de saúde não oferece as mesmas condições às duas equipas e desvirtua o princípio desportivo do fair-play», afirmou o presidente Márcio Braga. Dadas as condições classificadas pelo clube como «anti-desportivas e sub-humanas», o dirigente brasileiro considera que o Flamengo «conseguiu um empate heróico contra o Real Potosi», no estádio Mário Mercado, um dos campos profissionais situados a maior altitude no mundo. O clube vai agora oficializar a reclamação, ao informar «a Confederação Brasileira de Futebol, a Confederação de Futebol Sul-americano e a FIFA de que não irá jogar mais partidas a altitudes que ultrapassem os limites recomendados pela medicina desportiva», não especificando, no entanto, quais são esses limites. Além da elevação a que os jogos são disputados em Potosi, as equipas visitantes ainda têm de percorrer 170 quilómetros, por estradas de montanhas, uma vez que não existe aeroporto na cidade.
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