TP: Vilafranquense-Sporting, 0-4 (crónica)
Passeio regenerador
Tarde perfeita para o Sporting que foi passear ao Estoril em dia de sol, depois da tempestade que assolou a região de Lisboa da parte da manhã, num jogo que serviu que nem uma luva para as necessidades de Jorge Jesus na preparação para os desafios que se avizinham, com a receção ao Skerbedeu, para a Liga Europa, antes da visita ao Estádio da Luz para um dos dérbis mais quentes dos últimos anos. Serviu, sobretudo, para dar minutos e ritmo de jogo aos jogadores nucleares que recuperaram recentemente de lesões, como são os casos dos centrais Ewerton e Paulo Oliveira, mas também de William Carvalho que, com mais 45 minutos, já está muito perto do nível que lhe deu estatuto na equipa.
Confira a FICHA DO JOGO Bastaram cinco minutos de jogo para se notar a evidente diferença entre a capacidade física entre os dois conjuntos. Sempre que os leões aceleravam, a esforçada equipa de Vila Franca de Xira acusava dificuldades. Jorge jesus montou uma equipa em 4x3x3, juntando o estreante Bruno Paulista e o italiano Aquilani a William Carvalho no meio-campo, com Matheus Pereira e Carlos Mané bem abertos nas alas no apoio a Montero. Mas a verdade é que a equipa de Alvalade atacava com mais gente do que o desenho tático possa sugerir, com os laterais a subirem bem no terreno, com William a ficar mais para trás, junto aos centrais. No lado do Vilafranquense saltavam logo à vista duas enormes torres, uma em cada ponta do relvado: o central Hamadou Anta e o avançado Nuno Gomes. Os dois maiores em campo. A equipa comandada por Luís Brás procurou, acima de tudo, manter-se consistente no sector mais recuado, com Paulo Sereno à frente dos centrais a varrer o miolo, mas a diferença de ritmos tornou evidentes as fragilidades desta equipa dos distritais. Os adeptos, diga-se em bom da verdade, também não eram muito exigente e, entre os golos do Sporting, comemoravam cada recuperação de bola como se fosse um golo.
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Pinhão brilha, Gelson mexe com o jogo Conforto suficiente para Jesus desenhar um novo jogo para a segunda parte, guardando William para os desafios mais importantes, para voltar a distribuir a equipa em 4x4x2, juntando Tanaka a Montero. Os leões perderam alguma consistência, mas agora também jogavam apenas em metade do campo, já que o Vilafranquense tinha cada vez menos pernas para responder. Foi a vez de Pinhão brilhar entre os postes, com várias defesas a remates de Montero. O colombiano entrou para a segunda parte com ordens claras para rematar. E a verdade é que o tentou de várias maneiras, mas o guarda-redes do Vilafranquense foi dando espetáculo, para gáudio da animada claque de Vila Franca. Jorge Jesus lançou ainda Gelson e André Martins para a contenda e o jovem extremo, num bom momento de forma, mexeu com o jogo, com rápidas investidas pela direita. Numa delas, aumentou a vantagem dos leões, num lance desenhado por Carlos Mané e finalizado com um remate cruzado imparável. Estava feito o resultado. Os adeptos do Vilafranquense ainda vibraram com uma oportunidade de ouro para festejarem um golo de ouro, quando José Lúcio, após uma falha da defesa do Sporting, surgiu destacado na área, mas não conseguiu contornar a mancha de Marcelo Boeck. Um passeio para o Sporting e uma enorme festa para os adeptos do Vilafranquense.
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