UCI cria comissão para investigar passado da própria UCI
Declarações de Lance Armstrong levantaram dúvidas
O presidente da União Ciclista Internacional (UCI), o britânico Brian Cookson, anunciou a criação de uma comissão de inquérito para investigar o passado daquela federação, da qual é responsável desde setembro último.
Os seus dois antecessores, o holandês Hein Verbruggen e o irlandês Pat Mcquaid, foram colocados em causa por declarações do norte-americano Lance Armstrong, que perdeu as suas sete vitórias no Tour de França devido a doping.
PUB
Aquela comissão de três membros, cujo orçamento será totalmente coberto pela UCI, será conhecida como Comissão Independente de Reforma do Ciclismo (CIRC).
De acordo com um comunicado de Brian Cookson, o objetivo daquela comissão será averiguar «sobre os problemas que afetaram o ciclismo nos últimos anos, particularmente aqueles em que alegadamente ações repreensíveis possam implicar a UCI, alegações que mancharam gravemente a sua credibilidade e a do ciclismo».
O suíço Dick Marty, membro da assembleia parlamentar do Conselho da Europa, foi nomeado presidente da CIRC e terá como colegas o jurista alemão Ulrich Haas, especialista nos procedimentos antidopagem, e o australiano Peter Nicholson, antigo militar especializado em investigações criminais.
«A comissão independente terá acesso completo aos dossiers da UCI e a todos os dados eletrónicos que foram registados até à minha eleição. O seu mandato estipulará expressamente que ela agirá de maneira autónoma e os seus membros não receberão qualquer instrução da UCI», acrescentou Cookson, manifestando o desejo de que o seu trabalho «esteja concluído ainda neste ano».
PUB