«Um domingo qualquer»: o ex-presidiário, Balotelli e uma história sem final feliz
O AC Milan já não sabe o que fazer com o avançado italiano, que continua a acumular episódios desagradáveis fora de campo. Agora vai ter um tutor...
Procura-se tutor para estrela de futebol de 23 anos. Pré-requisitos: total disponibilidade para saídas noturas, corridas arriscadas de automóvel e conhecimentos em gestão de redes sociais
Este podia ser o anúncio a colocar pelo AC Milan no «La Repubblica» para resolver os constantes problemas provocados por Mario Balotelli. Essa pessoa ainda não foi encontrada, mas o incrível aconteceu e para já o clube teve recorreu ao seu chefe de segurança para vigiar todos os passos de um dos seus maios valiosos jogadores.
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O mais curioso é que este «tutor» passageiro é o ex-presidiário Filippo Ferri, conhecido pela ação violenta em 2001 contra um grupo de manifestantes anti-sistema presentes em Génova por ocasião da cimeira do G8. Este homem, agora escolhido pelo AC Milan para controlar a vida extra-futebol de Balotelli, era polícia quando foi condenado a três anos e oito meses de prisão efetiva depois de ter invadido a Escola Díaz, onde afinal a maioria das pessoas presentes eram jornalistas acreditados. Os mais de setenta feridos por golpes violentos dos agentes irados levaram a uma condenação dura da justiça dez anos depois. Cumprida a pena de prisão e impedido de exercer qualquer cargo público, Ferri foi contratado como chefe de segurança do Milan, tendo agora esta tarefa específica de servir de «babá» do avançado.
Habituado a lidar com criminosos, dentro e fora da prisão, o novo paizinho de Super-Mário tem a missão de evitar polémicas e enquadrar o atleta num estilo de vida mais responsável. Será uma espécie de «mental coach», um psicólogo da vida real, que por experiência própria saberá o que é perder tudo quando tudo se tem.
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