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Van der Gaag: paixão pelo «basket» deu nome ao filho, que joga no Benfica

Técnico diz que ao fim de poucos dias na Holanda já sente saudades de Portugal.

Em entrevista ao Maisfutebol, Mitchell van der Gaag falou da paixão pelo basquetebol, que não só o fez mudar de nome, como também influenciou a escolha do nome do filho, que joga futebol no Benfica. O lado mais pessoal de um holandês que já sabe bem o significado da palavra «saudade».

Está em Portugal há mais de dez anos. O coração já é tão português quanto holandês?

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Sim, já é 50-50. Antigamente voltava muitas vezes à Holanda. Agora já não tanto. Ao fim de alguns dias lá já tenho saudades de Portugal. Gosto muito da minha vida aqui. Tirei aqui o III e o IV nível de treinador, para mostrar que quero trabalhar aqui. Sou holandês, mas o meu país, neste momento, é Portugal.

E como treinador, é mais português ou holandês?

É uma mistura. A minha formação como jogador é muito ofensiva. É a grande diferença entre o futebol holandês e português. Aqui é mais fechado. No início pensava mais no ataque do que no resto, mas agora estou adaptado à realidade portuguesa. Agora sou uma mistura. Gosto de quipas com qualidade, que gostem de jogar à bola.

Quais são as suas referências?

São os treinadores que apanhei ao longo da minha carreira. O Huub Stevens, que foi meu treinador nos juniores, e depois treinou o PSV e o Schalke. Foi muito duro, muito frontal. Na altura não foi fácil. Depois temos o José Mourinho, com tantos anos de sucesso aqui e no estrangeiro. O Hiddink também teve sempre sucesso. Ainda o apanhei um pouco no PSV, quando eu estava na equipa B. Também gostei muito do que Guardiola fez no Barcelona.»

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Ambiciona vir a treinar uma equipa holandesa?

Não, não penso muito nisso. Não sou uma pessoa que sonhe com muita coisa. Nisso sou holandês, sou realista.

Mas tem metas traçadas? Pensa chegar a um «grande»?

Toda a gente quer chegar a um grande, mas o futebol é difícil de prever. Estou a trabalhar com muito prazer agora. Neste momento estou focado no Belenenses.

E voltar ao Marítimo, um dia? Pensa nisso?

Não sei. Fez parte da minha vida. Deu-me uma oportunidade como jogador aos 29 anos, e depois deu-me a oportunidade de começar a carreira de treinador. Faz parte da minha vida. Foram dez anos com muito sucesso. Nunca esquecerei o Marítimo e a Madeira.

Como é que o treinador Mitchell van der Gaag vê o jogador Jordan van der Gaag [o filho, que joga nos Iniciados do Benfica]?

Com orgulho. Todas as pessoas que vêm os filhos jogar sentem orgulho. O meu pai jogou e o meu irmão também. Tenho outro filho a jogar aqui (um outro filho, mais novo, joga no Belenenses). Sou crítico, mas não muito. Infelizmente não tenho conseguido ver muitos jogos este ano, mas procuro deixá-lo em paz. Os miudos já têm muita pressão para vencer jogos, mesmo nesta idade. Por vezes falamos sobre futebol, mas não é muito regular. É preciso dar-lhe o seu espaço, mas sinto orgulho, acima de tudo.

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Sei que o Mitchell é um apaixonado por basquetebol. A escolha do nome teve a ver com o Michael Jordan?

Tem a ver com isso, sim. Comecei a ver a NBA em 1987 ou 1988. Havia o Larry Bird e o Magic Johnson, mas os Chicago Bulls eram mais fortes, naquela altura. E gostava do Michael Jordan, como toda a gente. Foi um nome fácil para escolher.

E essa paixão pelo basquetebol também fez com que mudasse de nome quando era muito jovem, não é verdade?

Sim. Havia um jogador holandês, o Mitchell Plaat, que eu adorava. Ia ver muito a equipa em que estava esse jogador, pois o meu pai era jornalista de uma rádio, e acompanhava os jogos. Eu era Michel, mas os meus amigos começaram a chamar-me Mitchell, e ficou.

Leia a partir daqui:

«Acredito no futuro do Belenenses»

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