* por Pedro Morais


A saída das equipas de Rio Ave e Braga para os respetivos autocarros ficou marcada por alguns episódios. Depois da vitória do Rio Ave por 2-0, o ambiente entre os adeptos de ambos os clubes era em tudo antagónico.

Do lado do Rio Ave a festa, os cânticos, os cachecóis no ar. Do lado do Braga os assobios, os insultos e a contestação.

Pelos vilacondenses, Nuno foi o primeiro a dirigir-se ao exterior. O técnico saiu visivelmente emocionado da zona dos balneários para aplaudir os cerca de cem adeptos que aguardavam efusivamente a saída da equipa. O treinador do Rio Ave aplaudiu os adeptos e estes retribuíram com cânticos do seu nome.

Foi exibida até uma faixa com as inicias NES, as iniciais do nome completo de Nuno, e com uma fotografia da cara do técnico.

Depois um a um, os jogadores do Rio Ave foram aplaudidos e exultados pelos adeptos presentes.

Do outro lado da barricada, o ambiente era a antítese. Como passar do céu ao inferno sem direito a paragem no purgatório.

Os pouco mais de vinte adeptos bracarenses que aguardavam junto ao autocarro da equipa assobiaram António Salvador e não pouparam Jorge Paixão.

«Não percebes nada de futebol, Paixão», fizeram-se ouvir. E não pouparam também os jogadores do Braga, que apelidaram de «vergonha».

Ambiente de festa para os adeptos do Rio Ave e revolta do lado dos bracarenses.

A passagem dos autocarros com adeptos do Braga à porta do estádio foi também cenário para as típicas provocações.