Já fez LIKE no MaisFutebol?
Internacional  |  

Boca-River: as dez figuras a seguir no dérbi mais escaldante de sempre

Num duelo com velhos conhecidos em Portugal, como Enzo Pérez ou Quintero, há talentos que podem decidir a final da Libertadores. O Maisfutebol identifica os cinco jogadores mais decisivos nos dois lados da barricada.

Buenos Aires, a Argentina e a América do Sul estão prestes a parar e voltar os olhos para a Final da Libertadores, que tem a primeira mão no próximo sábado.

Na capital do país das Pampas e do Tango já só se respira o grande dérbi e uma discussão sobre o jogo até já provocou um incêndio.

PUB

Frente a frente estarão as duas equipas mais icónicas da Argentina e daquele continente e que vivem numa constante rivalidade acérrima. Talvez inigualável por qualquer outro dérbi.

De um lado o Boca Juniors, seis vezes campeão da prova e que pode igualar o Independiente como máximo vencedor da Libertadores, e do outro o River Plate, que conquistou o Troféu por três vezes.

Apesar da dimensão destes dois clubes, nunca se enfrentaram na final da Libertadores o que torna o duelo ainda mais «picante». A primeira batalha está marcada para a Bombonera (10 nov.) e a segunda para o Monumental de Ñunez (28 nov.).

Para os mais distraídos fica a lista de cinco jogadores a seguir em cada uma das equipas, que apesar da experiência de jogadores como Enzo Pérez (ex-Benfica), Gago (ex-Real Madrid) ou Tévez (ex-Man United e Juventus) contam com muitos talentos como o de Quintero (ex-FC Porto).

RIVER PLATE

Pity Martinez: um dos maiores talento da formação milionária, que apenas precisa de mais regularidade. O extremo-esquerdo, de 25 anos, leva dois golos e duas assistências na prova e foi decisivo nas meias-finais, ao saltar do banco para assinar de grande penalidade a reviravolta sobre o Grémio, no Brasil, e fazer o River regressar a uma final da Libertadores. Com um pé esquerdo de grande qualidade, Pity Martinez é um jogador que desmonta defesas muitas vezes sozinho, com a capacidade que tem no drible e no um para um com os adversários. Remata com facilidade e é um dos melhores amigos dos avançados, já que os cruzamentos saem quase sempre com conta, peso e medida. No futebol de transição da equipa de Gallardo vive como «um peixe na água» e já esteve várias vezes à porta da Europa. O Sporting foi um dos clubes que já tentou.

PUB

Quintero: o médio, de 25 anos, que já passou pelo FC Porto, vive uma segunda vida e está novamente a chamar à atenção da Europa. Depois de uma passagem sem sucesso, Quintero voltou à América do Sul e depois de ter brilhado no Mundial 2018, transportou o estado de forma para o River Plate. É o principal organizador de jogo do River, quase sempre a sair do lado direito para zona central, e o homem do último passe. Quando joga chama a bola até si e o futebol do River flui muito melhor. Se estiver num «dia sim», a visão que tem e a leitura que faz do jogo são as suas principais armas. É também fortíssimo a rematar de pé esquerdo e um perigo nas bolas paradas. Está a tentar a última cartada para voltar à Europa.

Santos Borré: melhor marcador do River Plate na prova com três golos. Aos 23 anos, o colombiano procura também novo estado de graça, depois de ter sido contratado pelo Atl. Madrid em 2016, por ter brilhado no Deportivo Cali. Os colchoneros emprestaram-no ao Villarreal e lá marcou apenas quatro golos em trinta jogos. No final dessa época, o River comprou-o e já leva 13 golos em ano e meio. Santos Borré é um avançado móvel, que procura a largura do terreno, e que usa muito bem as diagonais para ficar em zona de finalização. Precisa de melhorar a eficácia, sobretudo a frieza no momento do remate. É um talento que precisa de ser lapidado para saltar para o próximo nível. Mas ainda vai a tempo.

PUB

Exequiel Palacios: 20 anos, mas joga como se andasse por estas andanças há anos. Estreou-se na equipa principal do River há três anos, com 17 de idade, e nestes últimos dois anos impôs-se como titular. É um médio box-to-box, com uma facilidade e qualidade de remate acima da média. Leva já seis golos pelo River. Mas não é aí que se destaca mais. Palacios é um passador exímio e normalmente o homem que começa a construção das jogadas dos milionários, embora já tenha assinado várias assistências para golo. Com uma resistência e energia com índices brutais, Gallardo usa-o como o homem que pressiona mais à frente do meio-campo, sendo responsável por muitas recuperações de bola e lançamento de contra-ataque. O facto de ter crescido como médio ofensivo deu-lhe essa inteligência e capacidade de definir, características às quais juntou o posicionamento e a capacidade de trabalho defensivo. Já é internacional argentino e, talvez, o médio com mais margem de progressão no país.  

PUB

Franco Armani: aos 32 anos, o guarda-redes vive um dos melhores momentos da carreira. Depois de ter participado no Mundial 2018, Armani foi decisivo no caminho até à final da Libertadores do River Plate. Quem viu a meia-final deve lembrar-se do momento em que Éverton (Grémio) se isolou e teve nos pés a possibilidade do 3-0 combinado na eliminatória. Armani agigantou-se e evitou, permitindo ao River manter-se na disputa da eliminatória e fazer a reviravolta. Tem somado um sem número de defesas determinantes e embora a idade talvez já não lhe permita patamares mais altos, Armani merece o reconhecimento de ser um dos melhores guarda-redes da América do Sul.

BOCA JUNIORS

Cristian Pavón: a maior figura e talento do Boca Juniors. O extremo-esquerdo é imprescindível para Guillermo Barros Schelotto e o maior desequilibrador que tem no plantel. Fortíssimo no um para um, Pavón joga na esquerda para poder fazer movimentos interiores e decidir de pé direito. Se lhe derem o mínimo espaço que seja, vai fazer muita mossa na defesa do River. Às vezes é um pouco egoísta por querer resolver sozinho, mas são mais as vezes em que decide bem do que erra. Derrubar a muralha dos milionários passará muito por Pavón. Marcou presença no Mundial 2018 embora não tenha conseguido mostrar o seu potencial. Se mantiver esta regularidade e qualidade no seu jogo, estará na Europa em breve.

PUB

Wilmar Barrios: o maior elogio que se pode fazer a este médio defensivo do Boca é ter sido associado ao Real Madrid nos últimos dias. O colombiano, de 25 anos, é o pêndulo do esquema de Guillermo Barros Schelotto, e uma força da natureza no que diz respeito à capacidade física. Rouba bolas com tremenda facilidade e, normalmente, entrega aos parceiros de meio-campo para definirem as jogadas. É o garante de segurança defensiva no Boca e um jogador indispensável para os xeneizes.

Nahitan Nández: um dos maiores talentos uruguaios. Aos 22 anos já leva 20 internacionalizações pela seleção albiceleste e no Boca tem conseguido mostrar a sua valia. Tanto pode jogar como médio-centro como médio-direito e Schelotto tem variado o posicionamento, embora com mais predominância pelo corredor central. Nández é um médio que rompe linhas com bola, forte no um para um e com boa chegada à área. Com uma técnica acima da média, Nández precisa de melhorar o posicionamento defensivo e ser mais regular. São vários os jogos em que passa despercebido. É novo e é, juntamente com Pavón, o jogador do Boca com mais futuro.

Dario Benedetto: é o goleador e a principal referência ofensiva dos xeneizes, mesmo tendo Tévez no plantel. Depois de uma lesão grave em novembro de 2017, que o obrigou a falhar o Mundial, o argentino, de 28 anos, voltou em agosto e aos poucos tem jogado mais minutos e procurado a melhor forma. E neste momento está em grande! Benedetto foi suplente nos dois jogos das meias-finais com o Palmeiras, mas marcou três dos quatros golos do Boca. Na Bombonera entrou aos 77’ e bisou (83’ e 88’). No Brasil entrou aos 62’ e aos 70’ fez o 2-2 final e carimbou o apuramento do Boca. Este é o cartão de visita do goleador, que é muito mais do que isso. Benedetto não gosta de estar «amarrado» à zona central e dá mais mobilidade ao ataque do Boca. Com uma envergadura invejável, Benedetto possui uma técnica muito boa e uma capacidade de jogar em espaços curtos incrível. Em termos de finalização pode dizer-se que marca de todo lado, mas há especificamente dois aspetos a ter em conta: a meia-distância e o jogo aéreo, algo que Wanchope Ábila, o habitual titular, não dá. Se Gallardo tiver o Boca bem estudado, e tem certamente, evitará ao máximo que Benedetto tenha espaço para receber de costas para a baliza e que rode como é habitual. É um perigo neste movimento! Ainda está a tempo de vir à Europa marcar uns golos.

Pablo Pérez: o capitão e patrão do meio-campo do Boca. Fernando Gago teve uma lesão grave em outubro de 2017, que também o impediu de jogar o Mundial, e, por isso, a batuta passou para Pablo Pérez. O experiente médio é o homem de passe e o principal definidor dos ataques dos xeneizes. Normalmente, Barrios rouba e Pérez constrói. Sempre de cabeça levantada, o médio é inteligente na construção e derruba linhas de pressão com o passe, quer longo quer curto. Os 33 anos não o impedem de fazer «contínuas piscinas». Devia controlar melhor as emoções em campo porque normalmente está metido nas quezílias todas. Mas nesta altura da carreira, já parece algo incorrigível.

PUB

VÍDEO MAIS VISTO

Veja Mais

Últimas Notícias

APP MAISFUTEBOL

O MAISFUTEBOL na palma da sua mão!

Não falhe um golo, uma transferência ou uma notícia com a nossa aplicação GRATUITA para smartphone!