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FC Porto-Rio Ave, 2-1 (crónica)

Recorde, história, liderança e Fantasmas de Natal

Estádio do Dragão, Porto

Dificuldade extrema, coerente com o estatuto de recorde: o FC Porto chega às 15 vitórias consecutivas e iguala a marca de 1984/85, ainda no reinado de Artur Jorge. Uma marca bonita, para o dragão degustar à mesa de consoada, com o bacalhau, o bolo-rei e a aletria. Dificuldade extrema, insistimos, pois a passagem do Rio Ave pelo Dragão ameaçou estragos valentes. Destruidores de objetivos e de sonhos. E não nos referimos ao doce da época. José Gomes já está em Inglaterra, mas as ideias da equipa continuam frescas. Carlos Vinícius foi um gigante e inaugurou o marcador – quarto jogo nos últimos cinco em que o FC Porto entra a perder -, Fábio Coentrão não se importou com os assobios e encheu o campo, Schmidt/Jambor/Tarantini compuseram um trio de excelência no meio-campo.FICHA DE JOGO DO FC PORTO-RIO AVE: 2-1 O FC Porto, enfim, pareceu submerso n’Um Conto de Natal, esse mesmo, de Charles Dickens. Foi visitado pelo Fantasma do Natal Passado e pela luz das 14 vitórias anteriores, período de fausto e fruição, conquistas e glória. Mas isso só depois de consentir o tal golo a Carlos Vinícius e sofrer com a mobilidade de Gelson Dala e Gabrielzinho. O dragão acabou por conseguir rapidamente a reviravolta, entre os minutos 16 e 26, e bem pode agradecer a Yacine Brahimi. O argelino incorporou a visita do Fantasma do Natal Presente, ambicioso e feliz, audaz e de bem com a vida. Veja-se bem o lance do 1-1: Brahimi recebe, parte para a zona central e atrai cinco adversários; abre em Corona na direita e corre para a área, a tempo ainda de encostar para golo o passe de cabeça de Tiquinho Soares. O segundo, bem, o segundo é todo de Marega. Nélson Monte, tenrinho como um cordeiro condenado ao sacrifício, permitiu-lhe tudo. Marega ganhou posição, usou o corpo e atirou em esforço para o 2-1. Léo Jardim também não foi competente.DESTAQUES DO JOGO: Brahimi, uma prendinha no sapato O mais difícil parecia feito, mas Dickens é que manda na história e o Rio Ave trajou-se de Fantasma do Natal Futuro, uma galáxia temporal distante e onde tudo parece baço, escuro, um lugar inóspito. Caros leitores, até ao intervalo e durante 15/20 minutos, foi um regalo ver o futebol do Rio Ave. Em superioridade numérica no centro (Danilo e Herrera vs. Jambor, Schmidt e Tarantini), os homens dos Arcos tiveram bola, tiveram espaço, conseguiram encontrar sempre linhas de passe e ameaçaram o 2-2. Sérgio Conceição só podia estar preocupado, mas a verdade é que o FC Porto melhorou após o descanso. Conseguiu, enfim, controlar razoavelmente o jogo e ter mais bola. Principalmente depois do lançamento de Óliver Torres. Não é fácil perceber a colocação do espanhol no banco. O Rio Ave voltou a ter ocasiões (o corte de Alex Telles aos 60 minutos foi fundamental), embora os campeões nacionais se tenham equilibrado e atenuado as dificuldades vividas na fase final do primeiro tempo. A forma como o Dragão celebrou os três pontos, com o apito final, demonstra bem o obstáculo gigante que foi o Rio Ave. Um jogo entre duas excelentes equipas, uma vitória importantíssima para os azuis e brancos. De recorde, pois claro.

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