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Boavista-Nacional, 1-0 (crónica)

Um Espinho a enfeitar 16 mil almas axadrezadas

no Estádio do Bessa, Porto

A alma do Bessa ganhou o jogo. Em bom rigor, 16 mil almas agarraram os três pontos e o Boavista respira melhor. Muito melhor. Mais do que qualidade e estratégia, esta batalha pela sobrevivência foi um jogo de emoção e identidade. Ganharam os axadrezados e ganharam bem. Ganharam bem porque foram melhores do que o Nacional durante mais tempo. E de uma forma mais concludente. O Boavista fez o único jogo no período em que o seu domínio foi avassalador (até aos 35 minutos) e depois teve a capacidade de viver no limbo sem cair. Lá está: concentração, cabeça, rigor. O momento decisivo foi assinado pela dupla Talocha/Espinho: minuto 16, cruzamento perfeito do lateral esquerdo e remate de primeira do médio, a não dar hipóteses ao melhor em campo do Nacional, o guarda-redes Daniel Guimarães.FILME DA PARTIDA E FICHA DO JOGO: 1-0 Atmosfera de jogo grande, reminiscências do Boavistão. Impossível estar neste Bessa com tanta gente e não lembrar a grandeza de um passado não tão distante. João Vieira Pinto, Ricky, Nelson Bertolazzi, Erwin Sanchez ou Ion Timofte, tantos nomes de excelência passaram por esta casa. O Boavista do presente é mais modesto. Yusupha não é Ricky, Rafael Costa não é Sanchez, Mateus não é João Vieira Pinto, mas este trio foi conseguindo pintar com alguma cor as movimentações ofensivas da equipa de Lito Vidigal. O segundo golo rondou a baliza nacionalista várias vezes, antes de os madeirenses passarem a ter mais bola e mais desejo. Os homens de Costinha arriscaram mais no segundo tempo, mas há muitas fragilidades nesta equipa. A começar pelos centrais, principalmente Júlio César, mas também a passar por um meio-campo sem ideias (salvou-se Palocevic) e por um ataque entregue a um Bryan Rochez que só apareceu na marcação de um livre direto. Com o aproximar do fim, o Nacional carregou, tentou tudo, mas não teve uma grande oportunidade de golo. Ameaçou, cruzou bastante para a área axadrezada, e acreditou até ao apito final. O jogo acabou com um livre de João Camacho e a bola a rasar o poste esquerdo de Bracali. Foi tudo. Fim do sofrimento axadrezado.DESTAQUES DO JOGO: Mateus, um jovem de 34 anos O Nacional da Madeira vai continuar com 27 pontos, abaixo da linha de água. O Boavista soma agora 32 e a cinco jornadas do fim fica com cinco pontos de tranquilidade sobre a linha de descida. Os tempos são outros, a nostalgia não cura nem resolve tudo, mas quem foi ao Bessa este domingo e viu 16 mil almas apaixonadas… não pode deixar de sentir que o lugar deste clube é lá em cima, a lutar por uma posição-UEFA, e não nesta cruzada anual pela sobrevivência. Uma palavra para a arbitragem de Hugo Miguel: cometeu um erro grave no primeiro tempo, ao assinalar penálti contra o Boavista; da bancada vimos perfeitamente que a mão foi do homem do Nacional. O VAR emendou corretamente a decisão inicial.     

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