Sporting-P. Ferreira, 3-0 (crónica)
Houve tanto Pelé em Alvalade
Pelé.
Uma linha só para ele.
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Provavelmente, a primeira figura global do jogo. Um daqueles jogadores a que nenhum adepto fica indiferente. É impossível.
Por isso, se o futebol é hoje o que é, deve-se a figuras como Edson Arantes do Nascimento.
Pelé é futebol no Brasil, que chora a morte do Rei.
Mas Pelé é também futebol em Alvalade, onde o Sporting homenageou o Rei. Primeiro com um minuto de silêncio, e depois com aquilo que mais o eternizou: golos.
Houve Pelé na forma inesperada como Pedro Porro surgiu a planar na pequena área do P. Ferreira logo no segundo minuto do jogo.
Mas nem Pelé faria a abordagem ao lance que fez Jordi. Sim, porque consta que Pelé chegou a ser guarda-redes e nunca sofreu um único golo.
Depois, houve Pelé na velocidade do contra-ataque lançado por Pedro Gonçalves, houve Pelé na assistência altruísta de Edwards e, claro, houve Pelé naquele toque simples de Nuno Santos para o fundo da baliza no 2-0.
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Houve tanto, mas tanto Pelé no pé esquerdo de Trincão, que não marcou, mas encantou no um para um.
E o que foi o descaramento de Porro a tirar Antunes da frente e a cruzar para o golo de Paulinho, senão Pelé em estado puro?
Até nas lágrimas do jovem Essugo após a expulsão já perto do fim esteva Pelé. Porque foi a paixão pelo jogo de um menino de 17 anos que o fez fazer aquela falta imprudente.
Pelé esteve em cada aplauso. Em cada festejo. Em cada momento da festa com que o Sporting se despediu de 2022, com a sétima vitória consecutiva.
Porque onde houver uma bola de futebol, haverá sempre Pelé.
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