Liga Europa: Wolverhampton-Sp. Braga, 0-1 (crónica)
Lobos apanhados na Horta do golo
Esta Horta da Liga Europa do Sporting de Braga tem muito de Ricardo. O homem dos três golos do play-off com o Spartak Moscovo deu, esta quinta-feira, o triunfo em casa do Wolverhampton, com um golo aos 71 minutos. Arranque pleno da equipa de Sá Pinto na prova, a esbater as duas recentes derrotas na Liga portuguesa.
Quarto golo de Ricardo nos últimos quatro do Sp. Braga na Liga Europa, guerreiros a apanharem os lobos na Horta do Molineux. Horta, entenda-se jogo, de pouco produto na primeira parte. Valeu o intervalo para dar sentido competitivo. E o golo para criar expectativa até ao apito final.
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O lance que desbloqueou o nulo teve poder de explosão de Galeno, esperteza de movimentos de Paulinho e pontaria de Ricardo. O primeiro intercetou um passe de Bennett, fugiu ao defesa dos Wolves e serviu Horta enquanto Paulinho arrastou os centrais. Depois, o número 21 só precisou de bater Rui Patrício, tarefa que até aí estava hercúlea.
Antes disso, só mesmo a segunda parte quebrou a monotonia e expectativa de um jogo coeso, mas pouco espetacular até ao intervalo. Surpreendente o nulo até então? Nem perto: não houve um (!) remate à baliza nos primeiros 45 minutos.
Wolverhampton-Sp. Braga: o filme do jogo e as imagens do golo
Não é que a falta de pontaria seja traduzida na fraca qualidade de jogo. Ou no facto de o golo estar ou não perto até então. Houve aproximação às balizas, boa relação com a posse de bola e na missão defensiva. Mas faltava sumo, produto: o sentido ofensivo apurado.
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Por esse prisma, de reter a ocasião que o Sp. Braga criou no primeiro minuto, por Fransérgio: após jogada de Galeno e corte de Coady, o médio viu um oponente intercetar a bola que ia para a baliza. Do outro lado, Cutrone em dose dupla: num remate em rotação que rasou o ferro (22m) e noutro ao lado, quando estava perante Matheus (44m).
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O intervalo fez bem aos jogadores e ao jogo. Viu logo a abrir o primeiro remate enquadrado, que Patrício deteve a Paulinho. Melhor, a enorme defesa de Matheus ao minuto 52 a remate de Dendoncker.
As diagonais e a largura de jogo que o Wolverhampton explorava na primeira parte, à boleia da construção pautada em Rúben Neves, tiveram mais sucesso nesta fase.
Como consequência, o Sp. Braga também teve mais olho para explorar as rápidas transições. Tinha homens para isso. O golo assim nasceu e obrigou, depois, a acentuar a solidariedade defensiva face à subida dos ingleses no terreno. Nuno Espírito Santo já tinha lançado Moutinho ainda com o 0-0, mas viu-se obrigado a colocar a rapidez de Jota e Traoré nas alas à procura do empate.
Aguentou bem o Sp. Braga, que apanhou os lobos na Horta do golo.
Nota final para uma queda de Galeno e outra de Sequeira na grande área, que o árbitro não entendeu serem motivo de penálti.
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