TL: Arouca-Sporting, 0-1 (crónica)
Sporting de serviços mínimos na despedida da Taça da Liga
O Sporting despediu-se da Taça da Liga com uma vitória no terreno do Arouca (0-1). Apesar da paupérrima 1.ª parte do conjunto de Jorge Jesus, os segundos 45 minutos justificaram a vitória, e permitiram que o Sporting mantivesse o registo cem por cento vitorioso nos confrontos com o Arouca.
Lito Vidigal rodou a equipa e enquanto o Sporting não colocou velocidade na partida viu os seus jogadores menos utilizados a fazer frente ao líder do campeonato, que também se apresentou transfigurado em Arouca.
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As contas leoninas eram fáceis de fazer. A tarefa é que era difícil. Para se apurar para as meias-finais, o Sporting precisava de ganhar diante do Arouca, que o Portimonense perdesse em Paços de Ferreira e na conjugação dos dois resultados, os leões tinham de recuperar de uma desvantagem de cinco golos para os algarvios.
Tal como tinham anunciado, os treinadores apostaram em jogadores habitualmente menos utilizados. Jorge Jesus aproveitou para estrear o guarda-redes esloveno Azbe Jug – num momento em que a saída de Boeck parece cada vez mais iminente – além de ter colocado em campo muita gente que não é presença assídua no onze. A exceção foi mesmo Paulo Oliveira que cumprirá castigo na próxima jornada da Liga e por essa razão surgiu a comandar o setor defensivo.
Também Lito Vidigal aproveitou para rodar a equipa, curiosamente, mantendo também um central (Velázquez), pelas mesmas razões de Jesus, e deixando também David Simão na equipa. Apesar de estar matematicamente afastado das meias-finais da competição, foi o Arouca quem entrou melhor na partida. Uma escorregadela de Paulo Oliveira, à passagem dos sete minutos deixou Walter em muito boa posição para correr em direção à baliza de Jug, porém o dianteiro paraguaio perdeu muito ângulo e atirou ao lado.
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Os primeiros minutos da partida mostraram uma equipa desligada e com poucas ideias e quase nenhuma velocidade. E seria o Arouca a estar novamente próximo do golo, logo aos 11 minutos, quando Gegé se elevou na área contrária e cabeceou um pouco por cima. E ainda antes de os leões se aproximarem com perigo da baliza de Rui Sacramento, a bola voltou a rondar a baliza de Jug, em mais um erro de Paulo Oliveira que quase enganava o seu guarda-redes, obrigando-o a esforços após um corte defeituoso.
Só perto do minuto 20 o Sporting se mostrou aos poucos adeptos que marcaram presença no Municipal de Arouca. André Martins surgiu em boa posição para responder a um cruzamento de Tanaka, mas atirou por cima.
Em Paços de Ferreira, os castores até pareciam querer ajudar o Sporting a seguir em frente, chegando aos dois golos de vantagem ainda antes da meia hora de jogo. Mas o leão mantinha-se adormecido em Arouca, e seria o conjunto da serra da Freita a voltar a criar perigo, quando Walter voltou a surgir na cara do guardião contrário, falhando a emenda a um cruzamento de David Simão.
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Na gélida noite da serra da Freita, as ideias da formação orientada por Jorge Jesus pareceram congelar, e mesmo o técnico esteve muito mais sossegado do que lhe é habitual. Por entre mais uma ou outra jogado Arouca, o intervalo chegou sem grandes motivos de interesse.
Jesus injeta velocidade na equipa
Após o descanso, o técnico sportinguista mexeu na equipa, apostando na velocidade de Gelson e de Carlos Mané para mexer com o jogo. E a verdade é que se viu muito mais Sporting logo nos primeiros minutos da etapa complementar do que se tinha visto no primeiro tempo.
Os leões começaram a carregar sobre o adversário e a chegar com maior frequência à baliza de Rui Sacramento. Aquilani e Paulo Oliveira ficaram a centímetros do golo, mas seria Carlos Mané a criar a melhor situação de perigo. Após uma primeira intervenção do guardião português, a impedir que um cruzamento de Schelotto chegasse a Montero, a bola sobrou para Mané que visou a baliza, mas viu o habitual suplente de Bracali impedir o golo.
O golo parecia estar perto, e nem a vontade e esforço de Rui Sacramento foram suficientes para o impedir. O guardião arouquense ainda evitou o golo de Montero na marcação de um livre frontal, mas Zegeelaar estava à boca da baliza para confirmar a tradição: o Sporting ganha sempre ao Arouca.
Três pontos para o leão que, apesar disso, de nada serviram. A equipa de Jorge Jesus está fora da Taça da Liga.
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