O presidente da SAD do Desportivo de Chaves garantiu que os adeptos transmontanos não foram violentos nem agrediram jogadores do Estoril no jogo do passado domingo.

«Quero que fique bem vincado que os adeptos do Desportivo de Chaves não foram violentos nem tentaram agredir os atletas do Estoril Praia. Ao começarem a agredir os adeptos, os atletas perdem a razão. Vamos ver os relatórios, tanto da Liga como da Polícia [de Segurança Pública] e tentar defender os nossos [adeptos]. Queremos que seja feita justiça», assegurou Francisco José Carvalho, em declarações à agência Lusa.

O dirigente condenou, contudo, a invasão de campo e adiantou que será aberto um processo interno.

«Vamos verificar quem foram os adeptos que entraram em campo. Se forem sócios do Desportivo de Chaves, iremos tomar medidas porque não podem sair impunes desta situação. Tem de haver aqui uma sanção para as pessoas que invadiram o relvado», frisou.

O presidente da SAD flaviense criticou a postura do guarda-redes Marcelo Carné. «Quem iniciou a violência foram os jogadores do Estoril Praia, não foram os adeptos do Desportivo de Chaves. O que os adeptos fizeram não se faz, mas também não houve violência, simplesmente foram pedir satisfações ao guarda-redes porque este, desde o início da segunda parte, depois de marcarem o [primeiro] golo, esteve sempre a provocar os adeptos e a insultar o apanha-bolas.»

«Um adepto do Desportivo de Chaves invade o relvado e dirige-se ao guarda-redes [Marcelo Carné], que estava de costas, se quisesse [agredi-lo], tinha-o feito logo e não o fez, simplesmente foi lá para falar do que estava a acontecer», acrescentou.

Francisco José Carvalho confessou também que espera «uma multa muito pesada e, se calhar, algum jogo à porta fechada».

Recorde-se que, já em tempo de descontos, uma invasão de campo no encontro que opôs Desp. Chaves e Estoril resultou em desacatos e agressões entre adeptos flavienses e jogadores dos canarinhos, com o guarda-redes Marcelo Carné e Pedro Álvaro a verem o vermelho direto.

Segundo apurou o Maisfutebol, os seis adeptos que invadiram o relvado vão a julgamento e, como medida de coação, além do termo de identidade e residência, vão ficar impedidos de entrar em recintos desportivos por um período ainda a determinar.

O Estoril, diga-se, pediu uma «reação implacável» e anunciou que vai avançar com uma queixa junto do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.