Pressionar a China a alterar a sua política em relação ao Tibete utilizando os Jogos Olímpicos é profunda hipocrisia. Mas, por outro lado, é o que resta.
Os chineses ganharam importância para o grande capital a partir do momento em que começaram a consumir. Por pouco que seja. Na verdade, nenhum governo ocidental está verdadeiramente preocupado com o Tibete, como antes não esteve com a China e amanhã não estará com a Coreia do Norte a não ser que por lá descubram petróleo. Ainda mais agora que a economia anda de mau humor e todo o cuidado é pouco. Sabemos nós, sabem os tibetanos e sabem muito bem os que correm atrás da tocha olímpica, soprando com toda a alma até que se apague.
Mas percebo-os. Estes acontecimentos globais são a melhor forma de passar uma mensagem. Sobretudo se a mensagem for um desesperado «ajudem-nos».